As mudanças climáticas deixaram ainda mais difícil o trabalho de prever as condições meteorológicas. A onda de calor extremo registrada no Brasil em 2023, por exemplo, também causa tempestades mais intensas. Por isso, a prefeitura do Rio de Janeiro vai utilizar um super-radar meteorológico para tentar minimizar impactos de fenômenos climáticos inesperados.

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Super-radar meteorológico

  • As autoridades da cidade do Rio de Janeiro anunciaram nesta quinta-feira (16) a compra do Vaisala WRS400, um equipamento de ponta voltado para a previsão do tempo de curto prazo.
  • O super-radar custou R$ 6,8 milhões e vem da Finlândia.
  • O objetivo é que ele esteja instalado e operando até dezembro no Maciço do Mendanha, na Zona Oeste.
  • As informações são do G1.
Super-radar meteorológico Vaisala WRS400 (Imagem: divulgação/Vaisala)

Maior precisão na previsão do tempo

A prefeitura do Rio de Janeiro já contava com um radar específico para chuvas – o primeiro do Brasil – desde 2010. Mas o aparelho, de banda C, “lia” as nuvens na horizontal. Em outras palavras, não era possível saber o tamanha da nuvem, segundo Marcus Belchior, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR).

Já o Vaisala usa a banda X, que “varre” o céu na horizontal e na vertical. O que antes aparecia na tela como um disco achatado ganhará volume na leitura do novo equipamento.

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Os meteorologistas do Alerta Rio fazem as predições usando todos os radares do Brasil. Com a implantação desse novo radar, a gente consegue ter uma previsão mais no detalhe e no chamando curto prazo.

Marcus Belchior, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR)

O super-radar meteorológico ainda consegue captar a presença de gelo nas nuvens. Isso significa que as autoridades podem emitir alertas com antecedência sobre a possibilidade de chuva de granizo em determinadas regiões da cidade.

Além do equipamento, a prefeitura do Rio de Janeiro também anunciou uma outra novidade: a mudança dos estágios operacionais da cidade. As classificações de “atenção”, “alerta” e “mobilização” agora dão lugar a uma escala de números e cores de 1 a 5, dependendo da intensidade dos fenômenos climáticos.