Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock
O autodiagnóstico médico pode ser muito perigoso para o paciente. Mas e se ele for feito com a ajuda da inteligência artificial? O uso de chatbots, como o ChatGPT, para esse fim aumentou drasticamente nos últimos meses.
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Segundo pesquisadores, quando alimentados com as informações certas, os chatbots podem chegar a diagnósticos corretos. Um exemplo. Recentemente, uma mãe frustrada, cujo filho com um dor crônica havia consultado 17 médicos sem sucesso, colocou as informações médicas dele no ChatGPT. A tecnologia sugeriu que se tratava da síndrome da medula presa. A partir daí, um neurocirurgião de Michigan confirmou um diagnóstico.
A promessa dessa tendência é que os pacientes possam identificar doenças misteriosas ou não diagnosticadas. O perigo é que as pessoas podem passar a confiar demais nessas ferramentas, deixando de lado a fundamental avaliação de profissionais médicos.
É no diagnóstico de doenças raras – que afligem centenas de milhões de pessoas em todo o mundo – que a IA quase certamente poderia melhorar as coisas.
Os médicos são muito bons em lidar com as coisas comuns. Mas há literalmente milhares de doenças que a maioria dos médicos nunca viu ou sequer ouviu falar.
Isaac Kohane, presidente do departamento de informática biomédica da Harvard Medical School
A Rede Nacional de Doenças Não Diagnosticadas dos Institutos de Saúde descobriu que até 11% dos pacientes encaminhados a cada ano com doenças misteriosas poderiam ter o diagnóstico descoberto por revisores especializados a partir da observação atenta dos resultados de laboratório e as anotações dos médicos.
Por isso, a inteligência artificial está sendo treinada para fazer diagnósticos mais rapidamente, examinando os registros de saúde dos pacientes.
Esta post foi modificado pela última vez em 20 de março de 2024 14:10