Startup desenvolve ar-condicionado ecológico; veja como funciona

Ar-condicionado promete uma eficiência até 3 vezes maior na refrigeração e sem causar prejuízos ao meio ambiente
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 23/11/2023 03h20
ar-condicionado na parede branca
Imagem Shutterstock
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A onda de calor extremo que está atingindo o planeta, inclusive grande parte do Brasil, é um dos reflexos das mudanças climáticas. Com o aumento das temperaturas, cresce também o uso do ar-condicionado. O problema é que estudos já demonstraram que o calor residual gerado pela utilização massiva destes equipamentos pode aumentar a temperatura externa das cidades em mais de 2 ºC (saiba mais clicando aqui). Pensando nisso, uma startup desenvolveu um ar-condicionado ecológico.

Leia mais

Ar-condicionado ecológico

  • O aparelho foi apresentado no evento de tecnologia Web Summit, realizado em Lisboa do dia 13 ao dia 16 de novembro.
  • A tecnologia, chamada POLARIS, foi desenvolvida pela Magnotherm, startup relacionada à Universidade Técnica de Darmstadt, da Alemanha.
  • O ar-condicionado dispensa o uso de gás e promete, além de menos poluição, o consumo de energia necessário para resfriar um ambiente.
  • O investimento já gira em torno de 6,3 milhões de euros.
Ar-condicionado ecológico (Imagem: divulgação/Magnotherm)

Sem prejuízos ao meio ambiente

Os compressores de gás têm sido usados para o resfriamento por mais de 100 anos e causam 10% das emissões dos gases de efeito estufa globais, além de consumir 20% da energia elétrica disponível globalmente. 

Já o resfriamento magnético, utilizado no equipamento, promete uma eficiência até 3 vezes maior na refrigeração e sem causar prejuízos ao clima. Tudo graças a um ímã e metais ativos de temperatura chamados materiais magnetocalóricos.

Os responsáveis pelo ar-condicionado ecológico contam que usaram metal no desenvolvimento do aparelho. Segundo eles, o aparelho aquece quando é magnetizado e resfria quando é desmagnetizado. Isso acaba com a necessidade do uso de gás.

A equipe da Magnotherm defende que a nova tecnologia se trata de um sistema limpo e seguro, que utiliza apenas água submetida a uma pressão. O principal uso do ar-condicionado é para resfriar bebidas ou outros produtos nos supermercados. No entanto, a startup não descarta melhorias para que ele possa ser utilizado também em residências.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.