A Lei do Ar Limpo foi instaurada nos Estados Unidos em 1970, depois que foi constatado que a presença de chumbo no ar tem resultados a longo prazo na saúde. Essa poluição, por sua vez, afeta a capacidade de rendimento de uma pessoa ao longo da vida. Um novo estudo estimou que, desde que a lei entrou em vigor, os benefícios financeiros superaram e muito os US$ 4 bilhões.
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Poluição de chumbo no ar
De acordo com o site Medical Xpress, mesmo que em níveis baixos, a exposição ao chumbo tem efeitos negativos na saúde, como no útero e em crianças. Ainda, está associada a problemas comportamentais e de declínio de capacidade cognitiva a longo prazo.
A pesquisa da Universidade Estadual da Carolina do Norte e do Departamento do Censo dos Estados Unidos analisou essa exposição sob um viés econômico, procurando indícios de melhorias nos resultados socioeconômicos na população adulta, em relação a rendimento e tempo no trabalho, educação e assistência pública. Por exemplo, se uma pessoa vive mais, trabalha menos ou, se está mais exposta, gasta mais com assistência de saúde.

Resultados
- Uma diminuição do chumbo no ar somente entre 1975 e 1985 foi responsável por aumentar em 3,5% os rendimentos de uma pessoa adulta ao longo da vida, além de economizar US$ 21.400. O impacto é maior nas mulheres do que nos homens.
- No total, a estimativa é que a Lei do Ar Limpo tenha economizado um total de US$ 4,23 bilhões, tanto em saúde, quanto assistência pública e outras áreas relacionadas ao bem-estar público.
- Só em 2020, a estimativa é que a economia chegou a US$ 252 milhões.
- Para os autores da pesquisa, isso mostra como a eliminação da poluição de chumbo no ar tem impactos não somente na saúde populacional, mas também na economia e como eles podem continuar rendendo ao longo dos anos.