Huawei e Xiaomi superam Apple em vendas na China

Apple registra queda nas vendas de iPhones durante festival de compras chinês
Gabriel Sérvio24/11/2023 12h02
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Imagem: Tada Images / Shutterstock.com
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A Apple registrou queda nas vendas de iPhones na China no Dia dos Solteiros, um festival de compras parecido com a nossa Black Friday, só que com duas semanas de duração. 

Segundo os dados da Counterpoint Research, a empresa ficou atrás de duas concorrentes locais: a Huawei e a Xiaomi.

  • O número de aparelhos vendidos pela Apple caiu 4% durante o evento, que foi de 30 de outubro a 12 de novembro.
  • Já Huawei e Xiaomi registraram saltos de 66% e 28% nas vendas durante o mesmo período, respectivamente.
  • O bom resultado foi suficientes para aumentar em 5% a venda anual de celulares chineses, destacou a Counterpoint.

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Além da forte concorrência, analistas da Counterpoint atribuíram o desempenho abaixo da Apple a problemas na cadeia de abastecimento. Isso afetou a disponibilidade de mais unidades do iPhone 15 no varejo chinês. Situação que deve normalizar em breve, afirma a empresa de consultoria.

Quanto as empresas venderam

Os números do JD.com revelam que a Apple registrou mais de 10 bilhões de yuans em transações durante o festival — quase R$ 7 bilhões em conversão direta.

Já a Xiaomi, anunciou que alcançou mais que o dobro em valor bruto, acima de 22,4 bilhões de yuans. Os valores movimentados pela Huawei não foram divulgados.

Preços na China

O iPhone 15, o modelo mais recente da Apple, sai a partir de 5.999 yuans na China, cerca de R$ 4 mil na cotação atual.

Como comparativo, tanto o Mate 60 da Huawei quanto o Mi 14 da Xiaomi são mais baratos. Os últimos lançamentos das empresas custam 5.499 yuan (cerca de R$ 3,7 mil) s e 3.999 yuans (R$ 2,7 mil), respectivamente.

Analistas apontam que o mercado chinês de smartphones está se recuperando. A IDC espera que as vendas cresçam ainda mais no quarto trimestre, após dez trimestres consecutivos de queda.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.