Startup recicla turbinas eólicas para transformá-las em bancos

Na cidade de Cleveland, EUA, a startup Canvus está instalando alguns bancos produzidos com lâminas recicladas de turbinas eólicas
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 28/11/2023 05h40
Banco capa
(Imagem: Divulgação/ Canvus)
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Na cidade de Cleveland, em Ohio, foram instalados alguns bancos com materiais reciclados de lâminas de turbinas eólicas em parques e espaços públicos. A “transformação” dessas imensas estruturas é feita pela startup Canvus. Até o final do mês, a empresa promete 12 bancos do tipo.

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(Imagem: Divulgação/ Canvus)
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(Imagem: Divulgação/ Canvus)

Além dos bancos, a Canvus utiliza os materiais reciclados das turbinas em mesas de piquenique e floreiras. A equipe responsável por essas criações é composta por cerca de 30 artesãos que transformam as lâminas descartadas pela indústria de energia eólica em produtos duráveis e ecológicos.

Estima-se que cerca de 85% dos materiais de turbinas eólicas, como torre de aço, fio de cobre e engrenagens, podem ser utilizados no final do seu ciclo de vida para reciclagem, como informou a Bloomberg.

Parker Kowalski, cofundador e diretor administrativo da Canvus, disse que a startup já recebeu mais de mil lâminas desde 2022, tendo reciclado centenas delas. Como relata o Electrek, grandes fabricantes de turbinas eólicas, como Vestas, GE e Avangrid, disponibilizaram seus materiais para reciclagem.

Além das lâminas, a startup utiliza materiais reciclados de outras indústrias, como pneus velhos, calçados e resíduos plásticos.

Em relação à instalação dos bancos em locais públicos, a Canvus utiliza um modelo de negócio criativo em que a maioria dos clientes corporativos doam bancos que compraram para espaços públicos. E isso funciona como uma forma de marketing da empresa que forneceu o espaço. Afinal, os bancos e demais construções da startup contam com um QR Code que apresenta as informações sobre a doadora.

O vice-presidente da Canvus, Brian Donahue, disse que já foram vendidas “centenas, ou até milhares” dos produtos da startup nos Estados Unidos e que a meta é trabalhar com 10 a 15 mil lâminas por ano.

Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.