A prefeitura de Maceió, capital de Alagoas, decretou situação de emergência em função da possibilidade de desabamento de uma mina da Braskem. Cinco bairros da cidade foram esvaziados, inclusive com um hospital sendo desativado, nos últimos dias. Segundo especialistas, é possível que uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã se abra no local. Para piorar, ela provavelmente seria inundada, formando um lago com profundidade de 8 a 10 metros.

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Entenda o caso

  • A Brasken tem autorização do poder público para realizar a extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, na região.
  • Os primeiros problemas surgiram em fevereiro de 2018, quando foram avistadas rachaduras com até 280 metros de extensão.
  • No mês seguinte, um tremor de magnitude 2,5 foi registrado no local, provocando danos irreversíveis nos imóveis.
  • Mas foi apenas em 2019 que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, confirmou que a mineração havia provocado a instabilidade no solo.
  • No mesmo ano foram emitidas as primeiras ordens de evacuação para moradores dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
  • No total, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados na região, afetando cerca de 55 mil pessoas.

Desabamento e formação de um lago

Após constatados os problemas, a Braskem iniciou um processo de fechamento e estabilização de 35 minas na região. No entanto, cinco tremores de terra foram registrados somente no mês de novembro deste ano, levando a Defesa Civil de Maceió a emitir um alerta para o risco de colapso em uma das minas.

Especialistas indicam que há uma grande probabilidade de desabamento, o que afetaria também duas minas vizinhas, formando uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã. Além disso, a água da lagoa próxima ao local, terra e detritos seriam escoados para dentro desse enorme buraco, formando um verdadeiro lago com profundidade de 8 a 10 metros.

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Segundo a Defesa Civil, esse fenômeno tornaria a água da lagoa salgada e toda a área de mangue na região seria impactada de forma trágica. O Serviço Geológico do Brasil enviou uma nova equipe a Maceió para avaliar o problema, que é monitorado também pela Defesa Civil Nacional.

As informações são do G1.