Na última semana, membros do Parlamento da União Europeia introduziram novas regras na Lei de Resiliência Cibernética, visando elevar os padrões de segurança de dispositivos inteligentes, como babás eletrônicas, TVs e videogames.
Com a atualização na regulamentação de cibersegurança, fabricantes de eletrônicos para o uso doméstico terão que seguir normas mais rígidas.
O que muda para empresas e consumidores
- Empresas serão responsáveis por cuidar da segurança do produto do início de seu desenvolvimento e durante todo o tempo em que estiverem em uso, fornecendo atualizações de segurança aos usuários.
- Além disso, terão que informar quais são as medidas de proteção usadas.
- O descumprimento da regra acarreta multa ou retirada de circulação dos produtos no mercado.
- Todos os dispositivos que estiverem em conformidade com a lei serão sinalizados.
- Aqueles que forem considerados de alto risco serão submetidos a uma avaliação mais detalhada por terceiros.
- Em caso de ataques cibernéticos, a empresa precisa notificar o governo no prazo de 24 horas e enviar um relatório detalhado em até três dias.
Em post no X, Thierry Breton, o comissário do mercado interno da UE, comentou que “A Lei de Resiliência Cibernética garante uma cibersegurança robusta dos dispositivos digitais na UE desde a sua concepção ao longo do seu ciclo de vida”,
Leia mais:
- Afinal, o que é um dispositivo “inteligente”?
- Europa tem nova lei de proteção para dispositivos conectados à Internet; entenda
- Impulsionado pelo 5G, tráfego de dados deve triplicar na Europa
- Impasse na União Europeia atrapalha regulamentação da IA
Softwares de serviço, como aplicativos de processamento de texto baseados em nuvem — semelhantes ao Google Docs — não se aplicam à Lei de Resiliência Cibernética.
A regra também vale para produtos importados
Tanto empresas do território europeu quanto aquelas que importam produtos do exterior serão afetadas pelas novas regras. O objetivo é evitar ataques maliciosos que possam ter origem fora do país.
Segundo o portal Euronews, a União Europeia está preocupada com possíveis vazamentos de dados sensíveis relacionados a alvos políticos. Atualmente, existe uma grande porcentagem de fabricantes de dispositivos inteligentes chineses no mercado europeu. O bloco suspeita que as empresas possam estar repassando informações para Pequim.