ChatGPT é superado por Gemini, nova IA do Google, em avaliação de 57 disciplinas

O modelo de IA do Google, Gemini atingiu uma pontuação de 90% teste de linguagem multitarefa, enquanto o GPT-4 obteve 86,4%.
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 07/12/2023 15h46, atualizada em 07/12/2023 18h32
Gemini
Imagem: Reprodução/Google;Gemini
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O Google lançou nesta semana o Gemini, seu modelo de inteligência artificial que, além de texto, consegue interpretar vídeos e fotos. A tecnologia que promete trazer recursos mais avançados de raciocínio e compreensão superou o ChatGPT-4 da OpenAI num teste de linguagem multitarefa.

Como reportou o New Atlas, o Gemini obteve uma pontuação de 90% no teste de compreensão massiva de linguagem multitarefa (MMLU, na sigla em inglês) que envolve a resolução de problemas em 57 disciplinas como matemática, física, história, direito, medicina e mais.

Com isso, a IA do Google superou o GPT-4 modelo de linguagem amplo utilizado pelo ChatGPT, que obteve uma pontuação de 86,4% e especialistas humanos, que alcançaram 89,8%.

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Por ser uma IA multimodal, o Gemini consegue compreender informações visuais e auditivas da mesma forma que entende textos. No vídeo abaixo o Google demonstra que o modelo consegue interpretar o que aparece nas imagens, além de apresentar informações e sugestões de acordo com o que é apresentado.

Em outro vídeo, os cientistas da DeepMind, laboratório de IA do Google, demonstraram que o modelo consegue gerar seu próprio código para ler e interpretar 200.000 estudos científicos, agrupando e filtrando os dados. A equipe acredita que a ferramenta será relevante para áreas como direito, que grandes conjuntos de dados precisam ser analisados.

O Google também relata que o Gemini pode ser usado para programação e tem fluência nas linguagens Python, Java, C++ e Go. No projeto AlphaCode2, o modelo foi usado para gerar um milhão de pedaços de código, analisar o desempenho desses códigos e encontrar “correções”.

Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.