A startup francesa Biomemory anunciou que irá começar a oferecer o serviço de armazenamento de dados baseado no DNA. Para isso, a empresa quer vender cartões de biomemória, do tamanho de uma carteira, que podem preservar um kilobyte de dados em formato de texto. Os preços giram em torno de mil euros, ou pouco mais de R$ 5 mil.

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Como armazenar dados no DNA?

  • A tecnologia usada pela startup não é uma novidade.
  • O armazenamento de dados através de DNA foi desenvolvido pela Microsoft, em 2019.
  • A Biomemory explica que os arquivos não serão inseridos no código genético de pessoas ou animais.
  • Todo o processo envolve apenas DNA sintético, criado em laboratório.
  • O arquivo em texto, com os seus códigos binários (0 e 1), é reescrito a partir dos quatro tipos de bases nitrogenadas que compõem o DNA: adenina (A), citosina (C), guanina (G) e timina (T).
  • Em seguida, toda a fórmula é sintetizada em um novo DNA e, posteriormente, esse material genético é desidratado, o que aumenta o tempo de vida útil.
  • Por fim, é preservado em uma espécie de “chip” fixado no cartão vendido pela empresa.
Cartão contendo informações armazenadas em DNA sintético (Imagem: divulgação/Biomemory)

Maior durabilidade e segurança

A startup Biomemory espera iniciar as vendas em breve (sem data definida ainda) e acredita que este é apenas o primeiro passo do uso da tecnologia, uma espécie de fase de aperfeiçoamento. Até agora, o armazenamento de dados sempre foi baseado em sistemas eletrônicos.

Queríamos demonstrar que nosso processo está pronto para ser mostrado ao mundo. Isso é bom, porque é muito rápido. Você pode acessar seus dados em nanossegundos. No entanto, os eletrônicos são muito frágeis e difíceis de preservar.

Erfane Arwani, CEO da Biomemory

A empresa cita outras vantagens. A vida útil mínima de um desses arquivos, por exemplo, é estimada em 150 anos, muito superior ao que poderia durar um HD externo.

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Além disso, esta é uma forma de armazenamento de dados offline, o que cria “uma fortaleza impenetrável para seus dados” e “uma das soluções de armazenamento de dados mais seguras disponíveis”, segundo a startup.

Num primeiro momento, cada cliente receberá apenas dois cartões. Isso porque o conteúdo contido no DNA só pode ser lido uma única vez. A ideia é que um dos cartões seja usado para garantir que o texto foi transcrito de forma precisa, enquanto o outro será preservado para a posteridade.

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No futuro, a startup quer preservar documentos ainda maiores, o que pode revolucionar a forma como dados são armazenados. As informações são da Wired.