Imagem: Romaine W/Shutterstock
Você já ouviu falar de Tuvalu? Esse pequeno país é formado por um conjunto de ilhas paradisíacas no meio do Oceano Pacífico e corre o risco de simplesmente desaparecer por causa do aquecimento global. Por isso, o governo propõe digitalizar todas as características físicas e culturais, tornando Tuvalu a primeira nação digital do mundo.
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O futuro das ilhas parece irreversível, mas o governo do país pensou em uma solução para evitar que o país desapareça por completo: digitalizar desde a configuração física do território até as danças tradicionais do povo. A ideia é que, digitalmente, a população possa inclusive participar de eleições.
O mundo não agiu, e por isso nós, no Pacífico, tivemos de agir. À medida que a nossa terra desaparece, não temos outra escolha além de nos tornar a primeira nação digital do mundo. Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo. Para mantê-los protegidos de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos movê-los para a nuvem. Nossa nação digital fornecerá uma presença on-line que poderá substituir nossa presença física e nos permitirá continuar a funcionar como um Estado.
Simon Kofe, ministro de Justiça, Comunicação e Relações Exteriores
Durante a COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o governo de Tuvalu informou que já foram feitos avanços no projeto batizado de “Future Now” (Futuro Agora, em português). As autoridades já mapearam tridimensionalmente as 124 ilhas e ilhotas que compõem o território, estão criando um passaporte digital para que as pessoas possam continuar casando ou participando de eleições de forma on-line, e investiu na infraestrutura nacional de comunicações. O governo ainda está perguntando ao povo o que eles gostariam de preservar digitalmente.
Além disso, o país já mudou a definição de Estado na sua Constituição. Os novos termos dizem que “o Estado de Tuvalu, dentro do seu quadro histórico, cultural e jurídico, permanecerá perpetuamente no futuro, apesar dos impactos das alterações climáticas ou de outras causas que resultem na perda do território físico”.
Até agora, doze países, como as Bahamas e o Gabão, por exemplo, já reconheceram a nova definição tuvaluana. As autoridades empreendem esforços para que toda a comunidade internacional siga o mesmo caminho, o que garantiria a manutenção da soberania de Tuvalu. As informações são do G1.
Esta post foi modificado pela última vez em 8 de dezembro de 2023 22:05