Há exatos dois anos, a maior empresa de redes sociais do mundo mudou seu nome para Meta, como uma forma de mostrar a aposta no metaverso, voltando as expectativas mundiais para a nova realidade virtual.

A proposta, que revolucionou o mercado por um tempo, consiste em um mundo virtual 3D, onde os usuários poderiam realizar diversas atividades da realidade, como trabalhar ou fazer compras, através de avatares.

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O modelo de plataforma teve seu auge nos últimos dois anos, mas também enfrentou uma queda proporcionalmente grandiosa. Por conta disso, o projeto da Meta virou tema de discussões a respeito de tendências de mercado tecnológico, levantando a questão sobre o futuro do metaverso.

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Mas, afinal, o metaverso fracassou, ou ainda está em alta? Confira!

O que aconteceu com o metaverso e qual o seu futuro?

A nova tendência tecnológica trouxe planos extravagantes, e rapidamente caiu no gosto do mercado e empresas de todos os tipos e tamanhos. Foram feitos investimentos milionários em equipes especializadas, dispositivos de realidade virtual e, até mesmo, venda de terrenos virtuais.

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Porém, o metaverso enfrentou quedas bruscas na mesma intensidade em que alcançou seu auge, principalmente após a chegada do ChatGPT. Após um ano de seu lançamento, em 2022, a plataforma já apresentava um número de usuários ativos mais baixo do que o esperado, e ficou ainda pior com a mudança de foco para o chatbot.

Por ser mais do que apenas uma ideia e não precisar de ferramentas externas ou grandes investimentos para ser testado, o ChatGPT se espalhou rapidamente, sendo acessível para todos os tipos de públicos e regiões do mundo.

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Por conta disso, grandes corporações, como Microsoft e Disney, decidiram fechar suas divisões dedicadas ao metaverso, e a Meta foi obrigada a concentrar seus investimentos e esforços em recursos com retorno financeiro mais rápido para os investidores.

A Meta gastou bilhões de dólares mensais para manter o projeto vivo, mas teve que realizar cortes de gastos através do congelamento de 5 mil processos de contratação, além da demissão de mais de 20 mil funcionários.

Nova geração de avatares do metaverso
Imagem: Reprodução/Meta

No começo, o projeto parecia promissor, mas, após uma sequência de erros, em 2023 a empresa de Zuckerberg afirmou que “o foco é a inteligência artificial, mensagem, criadores e monetização”.

Mesmo com a queda, muitos especialistas afirmam que ainda permanece a promessa de que o metaverso será o futuro da internet, porém, está um pouco mais distante agora.

A plataforma não pode ser construída de um dia para o outro, já que envolve o desenvolvimento de muitas tecnologias, para que o mundo virtual seja possível de maneira satisfatória. Isso inclui novos modelos de sensores, câmeras, microfones e outros periféricos, mais leves e práticos.

Apesar de atualmente o mercado ter o olhar voltado para outras perspectivas, o metaverso não morreu, ainda que o assunto não seja tão promissor quanto parecia há um ano. O conceito ainda atrai empresas, como o Banco 24Horas, que entrou no metaverso pelo servidor MetaSoul.

A idealização de que o mundo todo abraçaria a proposta de ter uma representação virtual fracassou, e o hype, passou, mas ainda há um potencial a ser explorado de maneiras alternativas, e aliadas a IA, por exemplo.

Quais os problemas do metaverso?

Apesar de parecer um conceito inofensivo, existem alguns riscos sobre o metaverso que precisam ser considerados. Mesmo com uma boa adoção de grandes marcas, é preciso estar atento a alguns riscos, como: fraudes financeiras; vazamento de dados; exposição da identidade; riscos comportamentais e de autoestima, além da desinformação, com informações falsas.

Quem está por trás do metaverso?

Para a concretização do metaverso, empresas líderes em tecnologia e inovação fazem grandes investimentos. Em 2021, a Epic Games investiu cerca de um bilhão de dólares para a construção de uma “visão a longo prazo do metaverso”. Além disso, o Facebook comprou a empresa Oculus, especializada em óculos de realidade virtual. Um dos projetos da empresa é o Facebook Horizon, um videogame on-line com avatares e interação com objetos através dos óculos.