A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) revelou recentemente que em 817 cidades brasileiras ainda existe dependência dos sinais 2G/3G, uma vez que as localidades possuem mais antenas com suporte para essas tecnologias do que para as 4G ou superiores.

A organização foi uma das que participaram da consulta pública da Anatel sobre as medidas de transição das tecnologias 2G e 3G para as de 4G e 5G. Confira detalhes da Tomada de Subsídio nº23.

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Transição de redes

  • 817 cidades brasileiras têm mais antenas com suporte aos sinais 2G e 3G do que 4G ou superior.
  • Grande parte dos aparelhos comercializados nessas regiões também foi desenvolvida para esses sinais.
  • A Abinee recomenda que a transição para as tecnologias 4G e 5G seja feita gradualmente.
  • A organização também indica que a homologação de dispositivos que suportam essas tecnologias continue até 2026, para não afetar os fabricantes.
  • Enquanto isso, o desligamento gradual das redes 2G e 3G deve acontecer até 2028.

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Sugestões da Abinee

Na opinião da Abinee, a melhor estratégia para o cenário atual é realizar uma transição de rede progressiva, com incentivos à expansão dos sinais mais recentes. “Faz-se necessário um plano de incentivo às operadoras para equiparação da cobertura; o uso do FUST poderia ser feito para esta finalidade”, indica a organização em sua contribuição à Anatel.

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O FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) é um fundo setorial criado no Brasil com o objetivo de financiar a expansão e a melhoria dos serviços de telecomunicações em áreas consideradas deficitários ou ausentes.

A entidade também sugere o incentivo à substituição de dispositivos conectados atualmente às redes 2G/3G por dispositivos que suportem tecnologias mais avançadas, como LTE. Esses dispositivos, também conhecidos como feature phones, são modelos mais simples que não possuem todas as funcionalidades de um smartphone, mas são capazes de se conectar a redes LTE (4G).