Todos os anos, durante o mês de dezembro, somos presenteados por um enigmático personagem chamado Phaethon. Este “Papai Noel sideral” nos traz a Geminídeas, uma das mais intensas chuvas anuais de meteoros, que além de nos encantar com a beleza de seus rastros luminosos, intriga os astrônomos que se dedicam ao estudo de sua origem.

Ao contrário das outras chuvas de meteoros, a Geminídeas não é gerada por um cometa. O Phaethon é na verdade, um asteroide, e assim como o Papai Noel, é cercado de mistérios que desafiam a ciência que estuda esses astros.

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O Phaethon é um asteroide de aproximadamente 6 km que apresenta algumas características curiosas. Além do fato dele gerar uma chuva de meteoros, sua órbita também se assemelha à órbita de um cometa da família de Júpiter, cruzando as órbitas de Marte, Terra, Vênus e Mercúrio, e se aproximando a apenas 20 milhões de quilômetros do Sol.

Isso faz do Phaethon um sungrazer, ou rasante do sol, e um dos maiores asteroides conhecidos a chegar tão perto da nossa estrela mãe. Não à toa, o asteroide recebeu o nome do filho de Hélios, o Deus Sol da mitologia grega.

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Durante esse trajeto pelo Sistema Solar, o Phaethon se aproxima a menos de 3 milhões de quilômetros da órbita da Terra, o que faz dele um Asteroide Potencialmente Perigoso. Isso não quer dizer que ele vai atingir nosso planeta (o que seria realmente catastrófico). 3 milhões de quilômetros é uma distância bastante segura e não há nenhuma chance de impacto prevista para os próximos séculos. Ainda assim, é preciso monitorar objetos como o Phaethon para evitar surpresas desagradáveis, caso sua trajetória sofra alguma alteração.

A coluna Olhar Espacial é exibida toda sexta-feira durante o Olhar Digital News. Acompanhe!