Ciberataque: hackers russos deixam operadora ucraniana fora do ar

Ciberataque foi promovido por hackers russos e atingiu a maior operadora móvel de internet, além de bancos e outras empresas da Ucrânia
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 13/12/2023 15h30
Hacker russo. Homem de capuz e máscara escura. Crimes cibernéticos. Roubo de identidade.
Imagem: FamVeld/Shutterstock
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Um grupo de hackers russos assumiu nesta quarta-feira (13) a autoria de um ciberataque que deixou milhões de pessoas sem os serviços da Kyivstar, a maior operadora móvel de internet da Ucrânia. Em postagem no Telegram, os hackers afirmaram que a empresa foi alvo do ataque em função de atuar fornecendo comunicações ao exército ucraniano, bem como a entidades estatais e de segurança ucranianas. Os cibercriminosos ainda ameaçaram realizar atos semelhantes contra qualquer empresa que ajude os militares ucranianos na guerra contra a Rússia.

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Ciberataque faz parte da guerra na região

  • Segundo o grupo hacker, dez mil computadores, mais de quatro mil servidores e todos os sistemas de armazenamento em nuvem e de cópia de segurança da Kyivstar deixaram de funcionar.
  • O diretor-geral da empresa, Oleksandr Komarov, associou o caso à guerra na região e classificou o ciberataque como de alta potência.
  • Já o porta-voz do exército da Ucrânia, Volodymir Fito, disse que os militares “utilizam um sistema de comunicação um pouco diferente” e que o ataque não impactou as ações militares ucranianas.
  • O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abriu uma investigação após o caso.
  • As informações são da TechCrunch.

Outras empresas ucranianas também foram alvos de ataque

A Kyivstar fornece rede móvel de internet para 24 milhões de usuários, além de contar com 1,1 milhão de clientes domésticos. Até mesmo o site da empresa saiu do ar com o ataque hacker.

A companhia pediu desculpas pelo “inconveniente temporário” e prometeu indenizar os usuários que foram afetados pela interrupção. Apesar disso, garantiu que os dados pessoais dos clientes não foram comprometidos.

Outras empresas privadas, como o banco PrivatBank e a Vodafone Ucrânia, também registaram falhas no sistemas em função do ciberataque. Já o Monobank, uma das maiores instituições financeiras da Ucrânia, diz ter sido alvo de um “ataque DDoS massivo”, afirmou o seu cofundador Oleg Gorokhovsky.

Em Sumy, no nordeste da Ucrânia, as sirenes de ataque aéreo deixaram de funcionar, anunciou a administração militar da cidade no Telegram. Já em Lviv, no oeste, o ciberataque afetou o funcionamento do sistema de iluminação pública da cidade.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.