Descobertas arqueológicas recentes fornecem mais detalhes sobre um importante episódio histórico: a queda de Jerusalém e a destruição do templo do rei Salomão, um dos eventos mais significativos do Antigo Testamento da Bíblia. Cinzas dos incêndios que queimaram grande parte da cidade, flechas dos invasores e até uma joia deixada para trás em meio ao pânico foram localizadas durante escavações no Monte Sião.

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Invasão de Jerusalém pelos babilônios

  • A cidade de Jerusalém foi cercada e saqueada pelas forças babilônicas em 586 a.C.
  • Esse é considerado um dos episódios mais importantes da história judaica e chegou a ser descrito na Bíblia por diversas vezes.
  • Grande parte da população de Judá foi morta, e muitos outros foram levados para a Babilônia como prisioneiros.
  • O exílio durou quase 50 anos, e a destruição do templo permanece lembrada até hoje através do jejum de Tisha B’Av, um dos dias mais sagrados do calendário judaico.
  • As informações são da IFLScience.
Flecha encontrada pelos pesquisadores (Imagem: Mt Zion Archaeological Expedition/Virginia Withers)

O que os pesquisadores encontraram

Os arqueólogos encontraram camadas de cinzas e cerâmica quebrada, revelando indícios do grande incêndio que destruiu a cidade na data. Localizadas no Monte Sião, fora das muralhas da “cidade velha”, as cinzas contêm pontas de flechas do estilo cita, conhecidas por terem sido usadas pelos babilônios, e pedaços de panelas quebradas.

Além disso, o achado de um brinco no local intrigou os pesquisadores. Eles acreditam que a joia, apenas a segunda desta época encontrada em todas as escavações realizadas em Jerusalém e arredores, descreve bem o momento de caos que a população viveu durante o cerco e o saque da cidade.

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A escavação arqueológica é um processo lento e até agora apenas um pequeno pedaço da cidade antiga foi escavado nesta camada. Além disso, os trabalhos são complexos devido à rica história de Jerusalém. Construções de diversas épocas estão sobrepostas no local e, por isso, os pesquisadores precisam realizaram estudos diferentes no mesmo espaço. Recentemente, por exemplo, foram encontrados porões da época do rei Herodes e parte das defesas usadas para defender os ataques dos cruzados em 1099.