O Google concordou em pagar US$ 700 milhões (aproximadamente R$ 3,4 bilhões) para resolver um processo antitruste que acusa a empresa de cobrar taxas excessivas dos desenvolvedores de aplicativos.

Para quem tem pressa:

  • Resolução de Processo Antitruste: O Google concordou em pagar US$ 700 milhões para resolver um processo antitruste que acusa a empresa de cobrar taxas excessivas de desenvolvedores de aplicativos;
  • Alocação do Acordo: Do total, US$ 630 milhões serão destinados a um fundo para cerca de 102 milhões de consumidores nos Estados Unidos, enquanto os US$ 70 milhões restantes serão alocados a um fundo usado pelos estados;
  • Detalhes do Acordo: Aproximadamente 70% dos consumidores elegíveis receberão pagamentos automáticos. O Google expressou satisfação em resolver o caso e destacou a evolução contínua do Android e da Play Store;
  • Elegibilidade e Compromissos do Google: Consumidores que realizaram compras no Google Play ou em aplicativos entre agosto de 2016 e setembro de 2023 são elegíveis para compensação

Este acordo destina US$ 630 milhões (R$ 3 bilhões) a um fundo para aproximadamente 102 milhões de consumidores nos Estados Unidos. Já os US$ 70 milhões (R$ 340 milhões) restantes serão alocados a um fundo utilizado pelos estados.

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Acordo bilionário do Google

Ícone da Play Store do Google entre ícones do YouTube e do Gmail num celular
(Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock)

Estima-se que cerca de 70% dos consumidores elegíveis receberão pagamentos automáticos como parte do acordo. Promotores estaduais veem este desfecho como uma vitória significativa para os consumidores. As informações são do jornal The Washington Post.

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Em resposta, o Google expressou satisfação em resolver o caso, enfatizando a constante evolução do Android e do Google Play. Comparativamente, este acordo é ligeiramente menor do que o acordo de US$ 725 milhões (R$ 3,5 bilhões) do Facebook, que envolveu questões sobre o compartilhamento de dados dos usuários.

Para serem considerados elegíveis, os consumidores devem ter realizado compras no Google Play ou em aplicativos entre 16 de agosto de 2016 e 30 de setembro de 2023, em localidades especificadas.

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Como parte do acordo, o Google compromete-se a simplificar o processo de instalação de aplicativos e a permitir que desenvolvedores ofereçam opções de pagamento por meio de sistemas de terceiros, reduzindo as taxas de transação em quatro pontos percentuais.

Entenda o caso

(Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

O processo foi iniciado por procuradores-gerais de 36 estados e do Distrito de Columbia em julho de 2021, com posterior adesão de todos os estados dos EUA, Porto Rico e Ilhas Virgens dos EUA. O Google foi acusado de usar contratos para impedir injustamente a concorrência na Google Play Store.

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O acordo foi alcançado em setembro, após um juiz aconselhar o atraso na divulgação dos termos para não influenciar um julgamento paralelo da Epic Games contra o Google. Em São Francisco, um veredito do júri favoreceu a Epic Games, embora o Google planeje apelar. A Epic Games criticou o acordo como insuficiente e continua a buscar mudanças mais significativas na loja de aplicativos do Google.

Além deste caso, o Google enfrenta outros processos antimonopólio relacionados a práticas de mercado de buscas online e controle do setor de anúncios online. Investigadores antitruste também têm outras empresas de tecnologia, como Amazon e Meta (controladora do Facebook), em sua mira, com casos sendo avaliados pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês).