Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, colocaram frente a frente um chatbot desenvolvido em 1960 e o ChatGPT, da OpenAI, em um Teste de Turing. O resultado foi surpreendente.
Leia mais
- Sam Altman desmente atualização “turbinada” do ChatGPT
- ChatGPT poderá citar notícias em respostas graças a novo acordo
- ChatGPT dá respostas erradas sobre uso de remédios, diz estudo
Teste de Turing
- O Teste de Turing avalia a capacidade de uma inteligência artificial para se passar por um humano.
- O experimento não considera a consciência da IA, mas sim a habilidade da ferramenta de imitar a comunicação de uma pessoa.
- Ele foi criado em 1950 por Alan Turing, considerado o pai da ciência da computação.
- As informações são da Independent.
![ChatGPT](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/11/ChatGPT-1024x683.jpg)
Qual IA consegue se passar melhor por um humano?
Para realização do experimento, os pesquisadores utilizaram o chatbot ELIZA, desenvolvido em meados da década de 1960 pelo cientista do MIT Joseph Weizenbaum. O adversário foi o famoso e atual ChatGPT. Foi usada a versão gratuita GPT-3.5.
No total, 652 pessoas participaram do estudo para avaliar as ferramentas. O ELIZA conseguiu se passar por um humano em 27% dos casos, enquanto o GPT-3.5 enganou os humanos em apenas 14%. A decisão dos avaliadores considerou o estilo linguístico e traços socioemocionais da máquina.
O especialista em IA Gary Marcus descreveu o resultado como “embaraçoso” para as empresas de tecnologia modernas que trabalham em chatbots de IA. No entanto, outros acadêmicos argumentaram que o ChatGPT não foi projetado para ter um bom desempenho no Teste de Turing.
Após a realização do experimento, os pesquisadores resolveram incluir o ChatGPT-4, a versão paga da OpenAI. O chatbot apresentou o melhor resultado entre todos, conseguindo se passar por um humano em 41% dos casos.
O estudo ainda precisa ser revisado por pares. O processo é uma parte integrante da publicação científica e consiste na avalição de outros pesquisadores para confirmar os métodos e os resultados apresentados no trabalho em questão.