A Apple está negociando com grandes empresas de mídia para usar seus conteúdos no desenvolvimento de seus modelos de inteligência artificial (IA) generativa, conforme divulgou uma reportagem do New York Times.

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Segundo a publicação, a Apple está oferecendo acordo plurianuais (de mais de um ano) avaliados em US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 245 milhões) para licenciar arquivos de notícias.

Treinamento de IA com notícias

Mãos robóticas sobre teclado
(Imagem: Thinkstock)

Algumas das organizações de mídia procuradas pela fabricante de iPhones incluem a Condé Nast, editora da Vogue e The New Yorker; NBC Notícias; e IAC, proprietária da People, The Daily Beast e Better Homes and Gardens.

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Fontes familiarizadas com o assunto disseram que algumas companhias são indiferentes sobre a proposta, enquanto outras estão receosas com o fato dos termos propostos pela big tech serem muito “expansivos”. Por outro lado, alguns executivos de notícias disseram estar otimistas com a perspectiva de que o acordo poderia resultar numa “parceria significativa”.

A proposta inicial da empresa incluiria um amplo licenciamento de arquivos de conteúdo publicado pelos editores. Dessa forma, os jornalistas ficariam sujeitos a eventuais problemas jurídicos decorrentes do uso que a Apple fizesse de seu conteúdo.

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IA da Apple

Ilustração de robô humanoide interagindo com diversas formas de conteúdo em holograma para representar conceito de inteligência artificial
(Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Na corrida da IA generativa, a Apple está atrás das big techs que já lançaram seus modelos de linguagem amplos (LLMs, em inglês), mas a empresa já anunciou que trabalha em tecnologias que fazem uso da IA.

No mês passado, Tim Cook, presidente-executivo da Apple disse que a fabricante tem um trabalho em andamento relacionado à IA. Até o momento, o que sabemos é que a IA da empresa está em desenvolvimento sob o codinome “Ajax”, um modelo generativo treinado com mais de 200 bilhões de parâmetros. Saiba mais.

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Recentemente, um estudo “LLM in Flash” feito por pesquisadores da Apple reforçou o interesse da empresa em competir com as rivais do Vale do Silício. O artigo demonstra que os LLMs podem ser usados para aumentar o desempenho de smartphones, podendo complementar — ou até substituir — as memórias RAM dos dispositivos.