Imagem: Michael Vi/Shutterstock
A febre dos patinetes elétricos ficou para trás há muito tempo. Você não vê mais os veículos circulando por aí, nem pelos bairros mais endinheirados de São Paulo, por exemplo. E o fenômeno se repete no mundo todo.
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Um caso que personifica a ascensão e queda do setor é o da empresa Bird Global, que tem sede em Miami (EUA). A startup americana foi uma das primeiras a oferecer o serviço. E a ideia era muito boa: facilitar o deslocamento pelas grandes cidades de maneira ecologicamente correta.
Fundada em setembro de 2017, a Bird teve uma estreia promissora e rapidamente virou um unicórnio.
Chegou a atrair cerca de US$ 500 milhões em investimentos de importantes empresas de capital de risco do Vale do Silício, como Sequoia Capital e Accel Partners, antes de se tornar uma companhia de capital aberto em 2021.
De lá para cá, porém, ela perdeu US$ 430 milhões, valendo agora menos de 7 mi – uma desvalorização de mais de 90%!
Apesar de ser ecologicamente correto, as pessoas começaram a usar menos os patinetes elétricos.
Seja pelo custo ou pela facilidade, já que percorriam trechos curtos com ele – e que podiam ser feitos a pé. Tem ainda aqueles que simplemente enjoaram.
Existem também casos de cidades como Paris, que proibiram o aluguel de veículos. Isso sem contar o inverno no hemisfério norte, onde a neve atrapalha o uso dos veículos a céu aberto.
Foram, enfim, inúmeros motivos.
Fato é que a Bird Global recorreu agora ao Chapter 11, um instrumento da Justiça americana que é semelhante ao pedido de recuperação judicial aqui no Brasil.
A ideia, porém, não é fechar as portas. Os executivos afirmam que vão continuar operando, mas com essa barreira de proteção, numa tentativa de estabilizar as finanças.
Eles já conseguiram captar US$ 25 milhões.
As informações são da ABC News.
Esta post foi modificado pela última vez em 26 de dezembro de 2023 12:20