Quem passeava por centros comerciais de grandes cidades, como São Paulo, não se surpreendia com os patinetes elétricos amarelos em circulação. O Brasil viu uma febre desses modelos durante um tempo, mas eles não duraram muito. A Grow, a Lime e até a Uber são empresas que apostaram no serviço de aluguel no país, sem sucesso.

Agora, com opções aprimoradas de tecnologia e operação, a marca russa Whoosh pretende reviver a onda dos patinetes, começando com Florianópolis e Porto Alegre.

publicidade

Leia mais:

Patinetes elétricos da Whoosh

A Whoosh nasceu na Rússia em 2019 e já conta com mais de 160 mil patinetes elétricos disponíveis para uso em mais de 40 cidades do mundo inteiro. A maioria está na Europa, mas duas delas ficam no Brasil: Florianópolis e Porto Alegre.

publicidade

O primeiro teste da empresa no Brasil começou na capital catarinense, com a disponibilização de 1,3 mil patinetes em junho. Em outubro, a Whoosh expandiu a frota para Porto Alegre, adicionando mais 450 unidades.

Segundo reportou o g1, a companhia ainda quer aumentar sua presença por aqui e pretende colocar mais de 20 mil patinetes elétricos em circulação em 10 cidades nos próximos três anos, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.

publicidade
Patinetes voltarão a colorir os centros das cidades? Whoosh aposta que sim (Foto: Whoosh/Dovulgação)

O que a Whoosh tem de diferente?

  • Para fazer sucesso no Brasil, a Whoosh tem alguns diferenciais em relação a outras empresas que já ofereceram o serviço por aqui. De acordo com o CEO da companhia no país, Francisco Forbes, o principal ponto é o modelo operacional.
  • Outras companhias permitiam que os usuários retirassem as unidades e as deixassem em qualquer lugar da cidade, sendo cobrados pelo tempo de uso em um aplicativo. Então, outro usuário poderia retirar aquela mesma unidade onde ela foi deixada, seguindo o mesmo funcionamento.
  • A Whoosh só vai permitir que usuários retirem e devolvam os patinetes elétricos em áreas designadas dentro do mapa do app.
  • Segundo Forbes, isso dá uma integração maior da operação com o fluxo e o cotidiano da cidade, facilitando a troca de baterias para que as unidades estejam sempre carregadas para uso.
  • Além disso, os modelos terão uma tecnologia mais automática, que reconhece o perfil de uso dos usuários, e funcionários próprios, sem terceirização.

Crise no setor dos patinetes elétricos

Apesar da rápida popularização, o setor dos patinetes elétricos por aluguel não deslancharam devido a alguns desafios.

A Grow, empresa que surgiu da fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, foi a maior na área no Brasil, mas teve dificuldade com a manutenção das unidades, além do vandalismo e de furtos. Em 2020, a empresa deixou o setor das bicicletas e focou somente nos patinetes em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, mas deixou de circular durante a pandemia de Covid-19.

publicidade

No mesmo ano, a Grow chegou a entrar com um pedido de recuperação judicial, mas decretou falência esta semana, segundo o g1.

Já a Lime saiu do país em 2020, depois de apenas seis meses de operação. A empresa declarou, na época, que se tratava de viabilizar a “sustentabilidade financeira”.

A Uber também se aventurou no setor de patinetes no início de 2020, mas encerrou as atividades em julho do mesmo ano, devido à pandemia.