Novo capacete pode ser até 30 vezes melhor contra concussões; veja

Cientistas criaram nova espuma que pode revolucionar a fabricação de alguns equipamentos de segurança
Tamires Ferreira27/12/2023 14h16
Capacete
Imagem: shutterstock/JoeSAPhotos
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Um grupo de cientistas criou uma nova espuma feita de nanotubos de carbono que, quando usada como forro de capacete, absorveu e “quebrou” significativamente a força de impactos na cabeça. Conforme divulgado pelo New Atlas, o material se mostrou quase 30 vezes melhor que os forros atualmente usados em capacetes militares dos EUA. 

O que você precisa saber: 

  • Segundo pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, a espuma pode prevenir ou reduzir bastante a probabilidade de concussão em militares e esportistas; 
  • Entre esportistas, por exemplo, o traumatismo cranioencefálico (TCE) — um subtipo das concussões — é uma das principais causas de incapacidade e morte; 
  • A maioria dos TCEs está associada a impactos oblíquos (determinado ângulo em relação à horizontal). Eles submetem o cérebro a uma combinação de forças de energia cinética linear e rotacional que causam cisalhamento (deformação) do tecido cerebral; 
  • O objetivo é que o capacete com o novo forro limite ambas as forças geradas pelo impacto. 

Leia mais! 

Este material mostra-se muito promissor para permitir novos capacetes que são drasticamente melhores na prevenção de concussões. 

Ramathasan Thevamaran, autor do estudo. 
Imagem: Universidade de Wisconsin-Madison

Chamada de espuma VACNT, a ideia é que o material contorne a deficiência dos atuais capacetes, que não possuem tanto eficiência contra o tipo de impacto. 

De acordo com os resultados, graças a base de compressão aplicada, o equipamento de segurança fabricado com o forro de nanotubo de carbono conseguiu dissipar a energia de cisalhamento em até 50% quando comparadas com o material usado atualmente (espumas elastoméricas à base de poliuretano). 

Essas características tornam as espumas VACNT altamente adequadas como materiais de revestimento para capacetes de proteção modernos que visam prevenir TCEs, não apenas atenuando o choque normal, mas também gerenciando a energia cinética rotacional resultante de impactos oblíquos. 

Divulgada na Experimental Mechanics, a pesquisa pontuou ainda que a espuma também pode ser usada em embalagens e sistemas eletrônicos para evitar choques e manter os eletrônicos resfriados. No capacete, o forro também se mantém fresco mesmo em ambientes quentes. 

Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.

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