No universo moderno, as galáxias parecem ter formas parecidas com nuvens arredondadas e sem características ou discos planos. O caso da nossa Via Láctea. Entretanto, segundo uma análise de novas imagens do Telescópio Espacial James Webb, as galáxias bebês não eram discos, mas sim alongadas como bananas.

Pelo menos esta é a conclusão provisória de uma equipe de astrônomos que reexaminou imagens de cerca de 4.000 galáxias recém-nascidas.

publicidade

Leia mais:

Galáxias em sua infância, capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb; aparência alongada sugere uma estrutura tridimensional semelhante à de uma banana. Imagem: Pandya et al.

“Este é um resultado surpreendente e inesperado, embora já houvesse indícios disso com o Hubble”, disse Viraj Pandya, pós-doutorado na Universidade de Columbia, e autor principal do que será publicado no Astrophysical Journal. “Nossa própria galáxia pode ter passado por uma fase morfológica semelhante no passado”, acrescentou.

publicidade

Resumo do estudo

  • A equipe do Dr. Pandya analisou imagens de galáxias em uma área do céu conhecida como Faixa Estendida de Groth, já pesquisada por muitos outros telescópios como o Hubble.
  • O plano é estender as observações a outras áreas bem estudadas do cosmos. “Isso nos permitirá identificar galáxias com diferentes formas”, escreveu o Dr. Pandya.
  • Evidentemente, nem todas as galáxias recém-nascidas começaram assim. A razão, suspeitam os astrônomos, está relacionada às propriedades da matéria escura.
  • A descoberta pode alterar a compreensão de como as galáxias surgem e crescem, bem como oferecer informações sobre a natureza misteriosa da matéria escura — uma forma desconhecida de matéria que, segundo os astrônomos, constitui a maioria do universo.

A principal teoria sustenta que a matéria escura consiste em nuvens de partículas subatômicas exóticas que sobraram do Big Bang. Estas partículas restantes seriam pesadas e lentas em comparação, conforme simulações de computador, a matéria escura e fria se aglomeraria facilmente para formar os padrões de grande escala que os astrônomos observam no céu.

A identificação dessas partículas abalaria o mundo da física. Mas até agora as experiências em laboratórios não conseguiram detectar ou produzir quaisquer partículas de matéria escura e fria. Uma nova geração de instrumentos também poderá ser necessária para concluir o trabalho.