Misterioso calendário astronômico é encontrado em tumba na China

O misterioso conjunto de peças retangulares de madeira faz parte de um antigo calendário astronômico chinês de 2 mil anos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 08/01/2024 11h53, atualizada em 08/01/2024 17h36
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Imagem: Chongqing Cultural Relics and Archaeology Research Institute
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Arqueólogos encontraram um misterioso conjunto de peças retangulares de madeira ligadas a um antigo calendário astronômico no sudoeste da China. A descoberta aconteceu dentro de uma tumba bem preservada e que data de dois mil anos atrás.

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Calendário astronômico

  • Cada uma das 23 peças de madeira tem cerca de 2,5 centímetros de largura e 10 centímetros de comprimento.
  • Perfurações circulares nas bordas sugerem que elas já foram amarradas.
  • Os artefatos ainda exibem um caractere chinês relacionado ao Tiangan Dizhi, ou “Dez Hastes Celestiais e 12 Ramos Terrestres”, um calendário astronômico chinês tradicional usado durante a dinastia Shang, que governou a região da China de cerca de 1600 a.C. até aproximadamente 1045 a.C.
  • As informações são da Space.com.

Tumba estava repleta de materiais antigos

Os arqueólogos acreditam que uma das peças representa o ano de 2023. No entanto, ainda não está claro como o calendário antigo funcionava exatamente.

Esta é a primeira vez que objetos do tipo são encontrados em uma tumba antiga, embora a prática de escrever caracteres em tiras de madeira ou bambu fosse comum na China antes da invenção do papel. Os materiais foram encontrados no distrito de Wulong, que fica localizado a cerca de 1.400 quilômetros da capital Pequim.

O túmulo ainda contém uma lista escrita de todos os itens funerários e o registro de que foi construído em 193 a.C. Isso significa que ele data da época da dinastia Han ocidental, que governou grande parte da China de 206 a.C. a 9 d.C. Ela foi seguida pela dinastia Han Oriental, que governou até 220 d.C. Juntos, os períodos são considerados a “era de ouro” antiga chinesa.

No total, mais de 600 artefatos foram encontrados dentro da tumba, que estava em quase perfeito estado. Entre elas, tigelas, caixas, frascos e pratos, além de utensílios de bambu, lanças e tripés de cozinha feitos de cobre, estatuetas de madeira e objetos de cerâmica e bronze.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.