Toda semana, no Programa Olhar Espacial, estudantes ligados a projetos astronômicos de todo o Brasil escolhem duas imagens que se destacaram na semana que passou. E na última semana, as escolhas foram feitas por estudantes de Teresina, no Piauí. Confiram:

Trapézio no Coração da Nebulosa de Órion

[ Créditos: Fred Zimmer, Telescope Live ]

Janaína de Castro da Silva, de 21 anos e estudante do curso de Física da Universidade Federal do Piauí, escolheu essa espetacular fotografia que mostra o Trapézio de Órion, um pequeno asterismo formado por quatro estrelas no coração da Grande Nebulosa de Órion, também conhecida como M42. Trata-se de uma das mais belas e luminosas nebulosas do céu noturno, que pode ser vista com facilidade a olho nu em locais de céu escuro. As estrelas do Trapézio são as principais responsáveis por essa obra de arte celestial. Ao mesmo tempo em que moldam as nuvens de gás e poeira com seus intensos ventos estelares, elas fornecem a luz que ilumina as nebulosas de reflexão (mais claras) e sua energia ionizante produz o brilho avermelhado das nebulosas de emissão ao seu redor. A Grande Nebulosa de Órion está localizada a cerca de 1500 anos-luz de distância na direção da Constelação de Órion. 

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Original em: https://apod.nasa.gov/apod/image/2401/Image964.jpg 

Raro Arco Vermelho em Aurora Polar

[ Créditos: Tristian McDonald ]

Robério Moisés dos Santos Lopes, de 23 anos e estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI, escolheu essa fantástica imagem que mostra  bem mais que uma bela aurora polar. O halo vermelho incomum que envolve esta aurora é um arco Vermelho Auroral Estável (SAR). Os SARs são raros e só foram reconhecidos e estudados desde 1954. O registro feito com uma lente grande angular capturou quase um arco inteiro em torno de auroras verdes e vermelhas mais comuns. A foto foi tirada no início deste mês em Poolburn, na Nova Zelândia, durante uma tempestade geomagnética especialmente energética. Ainda não se sabe exatamente como os arcos SAR se formam, mas pesquisas em andamento revelaram evidências de que um SAR vermelho pode até se transformar em um STEVE roxo e verde, outro fenômeno raríssimo da alta atmosfera.

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Original em: https://pbs.twimg.com/media/GBILSC1WYAAe5Gd?format=jpg&name=large

Quem escolheu

Tanto a Janaína quanto o Robério, fazem parte da Graviton Scientific Society (@graviton.society), uma associação sem fins lucrativos que reúne estudantes, professores e pesquisadores do Estado do Piauí com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, e promover a divulgação e a cooperação do conhecimento científico entre pesquisadores e a sociedade em geral. A entidade, que completa 10 anos de existência em 2024, participa de atividades públicas, que envolvem a divulgação e observação de eventos astronômicos como eclipses, Semana Mundial do Espaço, Darwin day, Carl Sagan day, observações astronômicas em parques, praças, escolas e universidades, registros de Astrofotografia, parceria com o Observatório Nacional, noite internacional de observação da lua com a NASA, Jornada de lançamento de foguetes com garrafas pet e do Programa Cidade Olímpica da Prefeitura de Teresina.

[ Observação pública da Lua em parceria com Planetário da UFPI – Créditos: Graviton Scientific Society ]