Imagem: Bigc Studio/Shutterstock
Um novo relatório do observatório europeu Copernicus revela mais informações sobre o ano de 2023, o mais quente desde 1850. Segundo os pesquisadores, o calor sem precedentes, resultado do aquecimento global, começou a ser registrado a partir de junho e o mês de dezembro acabou sendo o mais quente da história da Terra.
Leia mais
Quase todas as áreas terrestres registraram temperaturas acima da média em 2023. A exceção foi a Austrália. Os termômetros também atingiram médias históricas em partes consideráveis de todas as bacias oceânicas e de todos os continentes.
Os extremos que observamos nos últimos meses fornecem um testemunho dramático de quão longe estamos agora do clima em que a nossa civilização se desenvolveu. Isto tem consequências profundas para o Acordo de Paris e todos os esforços humanos.
Carlo Buontempo, diretor do Copernicus
De junho a dezembro, todos os meses foram mais quentes na comparação com o respectivo mês de 2022. No ano inteiro, julho e agosto foram os meses com as maiores temperaturas, enquanto dezembro foi o mais quente da história a nível mundial.
O relatório concluiu que 2023 foi 1,48°C mais quente do que o nível das temperaturas pré-industriais. O órgão ainda prevê que é provável que o período de 12 meses terminado em janeiro ou fevereiro deste ano exceda em 1,5°C o nível pré-industrial.
A temperatura dos mares também bateu recordes. Entre abril e dezembro, eles superaram a temperatura recorde registrada na história para os respectivos meses. O gelo no mar da Antártica atingiu sua menor extensão.
Também segundo os cientistas, a previsão sugere que 2024 “poderá ser ainda mais quente do que 2023, com uma probabilidade razoável de que o ano termine com uma temperatura média superior a 1,5°C acima do nível pré-industrial”.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de janeiro de 2024 17:37