Imagem: Solarisys/Shutterstock
Ambientalistas afirmam que a decisão do parlamento da Noruega de autorizar a mineração em águas profundas pode causar danos irreversíveis para a biodiversidade e os ecossistemas marinhos. O país se tornou o primeiro do mundo a autorizar esse tipo de exploração.
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A decisão norueguesa traz sérias preocupações e foi amplamente criticada por ambientalistas. Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha.
Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração. Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco.
Trata-se de ganância não necessária e terá um custo significativo para o nosso meio ambiente para as gerações presentes e futuras.
Matthew Gianni, cofundador da Deep Sea Conservation Coalition, um grupo de defesa à vida marinha
Cientistas noruegueses se dizem decepcionados com as autoridades. Segundo eles, o governo ignorou os conselhos científicos e da agência ambiental do país em Trondheim. Em resposta a uma consulta pública sobre os planos de mineração do governo, especialistas disseram que muito pouco se sabe sobre a biodiversidade e as funções do ecossistema nos locais propostos para permitir que a mineração avance com segurança.
Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.
Grupos contrários à liberação prometem entrar na justiça contra o governo da Noruega. As discussões sobre o tema acontecem em meio às negociações internacionais sobre a permissão da colheita comercial do fundo do mar em áreas ricas em minerais fora da jurisdição nacional dos países. Isso incluiria a Zona Clarion Clarion-Clipperton (CCZ), uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados no leste do Oceano Pacífico entre o Havaí e o México. As informações são da Nature.
Esta post foi modificado pela última vez em 15 de janeiro de 2024 18:20