Os carros elétricos têm se popularizado e são uma ótima alternativa para reduzir as emissões de carbono na atmosfera. No entanto, existe um problema, não há metais suficientes para fazer a troca sem que seja necessário recorrer à mineração e a destruição de florestas, e com isso causar ainda mais danos ao planeta. Mas a solução para esse problema talvez esteja no fundo do mar.

A cerca de 4 mil metros de profundidade em alguns pontos do oceano é possível encontrar nódulos formados por manganês e outros metais essenciais para a construção de baterias, sendo o local de maior concentração a Zona Clarion-Clipperton, no Pacifico Norte. Eles não exigem escavações de terra para retirá-los de lá já que estão soltos na areia como pedregulhos.  

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Extrair esses metais em ambientes terrestres representa acabar com florestas, com a vida selvagem que vive ali e principalmente com uma ferramenta importante para o sequestro de carbono. E à primeira vista, no fundo do mar, esses problemas não existem.

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Avaliação de riscos da extração do metal

A The Metals Company (TMC) tem avaliado os impactos que a mineração do fundo do mar traz, e até então, os resultados são satisfatórios. Para começar, nas florestas existem cerca de 30 quilos de biomassa a cada metro quadrado, em comparação, são cerca de 13 gramas em locais a 4 mil metros de profundidade, a maioria composta por seres microscópicos.

Apesar de pequena e pouca, não significa que a vida por lá não deva ser preservada. Para começar os estudos a TMC fez coletas na Zona para entender melhor o ambiente e entender os riscos. Os resultados vão para o regulador da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos para decidir se a exploração é segura.

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Além disso, também foi utilizado um protótipo de coleta dos nódulos a fim de avaliar o impacto da poeira levantada durante o seu uso. O temor é que ela pudesse se espalhar por quilômetros e sufocar pequenos organismos, mas isso não aconteceu.

Quanto à liberação de CO2, já que boa parte dele está armazenado em sedimentos, os pesquisadores não encontraram nenhum mecanismo que permita que ele suba a atmosfera. Além disso, um estudo anterior apontou que os nódulos colocam em risco 94% menos carbono sequestrado e reduz as emissões em 80%, dependendo do metal.

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