Autoridades policias e de inteligência dos Estados Unidos afirmam que os avanços no setor de inteligência artificial podem facilitar o trabalho de hackers e aumentar o índice de cibercrimes, golpes e lavagem de dinheiro no futuro.

O motivo? A facilidade em usar a IA para “driblar barreiras técnicas”.

publicidade

Leia mais:

IA e o cibercrime

Segundo informações da Reuters, autoridades policiais e de inteligência fizeram a afirmação durante a Conferência Internacional sobre Segurança Cibernética na Universidade Fordham, em Manhattan. Os especialistas apontam que a IA reduz o conhecimento técnico necessário para um hacker fisgar vítimas.

publicidade

É o que explica o diretor de segurança cibernética da Agência de Segurança Nacional, Rob Joyce. Segundo Joyce, “pessoas menos capazes” de realizar cibercrimes já estão usando a tecnologia em busca de orientação.

terminal de computador carregando ataque cibernético
Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock

O que mais dizem as autoridades

Outros nomes importantes do setor de segurança e inteligência corroboram com a visão de Joyce. Veja o que dizem:

publicidade
  • De acordo com James Smith, diretor assistente do escritório do FBI em Nova York, a organização já observa os casos de cibercrime e percebeu um aumento nas ocorrências devido à redução de “barreiras técnicas” para realizá-los.
  • Outros não nomeados pela Reuters concordam que a IA também pode estimular crimes financeiros.
  • Procurador dos Estados Unidos em Manhattan, Damian Williams acrescentaram que a IA pode auxiliar estrangeiros que não falam inglês a criar mensagens aparentemente verdadeiras e enganar vítimas para ganhar dinheiro.
  • Já o procurador Breon Peace acredita que as deepfakes (imagens e vídeos criados artificialmente que simulam pessoas reais) podem ser usados para enganar bancos e se passar pelos proprietários de uma conta, por exemplo.
  • Para ele, isso poderia até dificultar o uso de mecanismos de segurança contra lavagem de dinheiro.

No fim, apesar do tom negativo sobre os avanços de IA, Rob Joyce também apresentou um argumento contrário: o progresso da tecnologia também está ajudando autoridades americanas de segurança e inteligência a detectar mais atividades maliciosas.