Conheça grupo de cientistas que procura vida inteligente no espaço

Cientistas do Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI) atuam na área há décadas e estão animados com novas descobertas
Por Bob Furuya, editado por Bruno Capozzi 14/01/2024 19h04
alienigenas
Como serão os métodos de comunicação dos seres alienígenas, caso eles existam? Crédito: Raggedstone - Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Muitos cientistas e astrônomos já não discutem mais “se” a gente vai encontrar vida fora do planeta Terra, mas sim “quando” vamos encontrar.

Esse otimismo passa bastante pelas recentes descobertas do Telescópio Espacial James Webb (JWST) – ele que encontrou recentemente um exoplaneta que pode ter muita água.

Mas não só isso. Alguns consideram que a questão é Matemática mesmo.

Leia mais

Imagine que existem cerca de 120 bilhões de galáxias no Universo. A Terra orbita ao redor de um estrela, ou seja, fica dentro de um sistema solar. Esse sistema solar fica dentro de uma galáxia, a Via Láctea, que é uma parte bem pequenininha (relativamente) do universo. Repito: são 120 BILHÕES de galáxias – número que pode ser ainda maior.

A chance, portanto, de sermos a única forma de vida inteligente é pequena, estatisticamente falando. Mas vale destacar que, até hoje, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de vida inteligente.

As buscas continuam. E estamos falando aqui de cientistas sérios, não de teóricos da conspiração.

Conheça o SETI

Ou Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre. Eles ficam nos Estados Unidos e procuram há décadas por sinais de rádio de mundos alienígenas.

Ok, mesmo entre os cientistas existem aqueles que consideram o Seti uma piada. Argumentam que não tem como os aliens mandarem um sinal de fumaça para a gente.

O Seti, no entanto, não dá ouvidos para os críticos e não só deu sequência ao trabalho, como decidiu ampliá-lo.

Em parceria com o Observatório Nacional de Radioastronomia e o chamado Breakthrough Listen, o Seti deu início a um projeto ambicioso batizado de COSMIC (“Commensal Open-Source Multimode Interferometer Cluster”).

Ele está em operação há alguns meses no Karl G. Jansky Very Large Array (VLA) de radiotelescópios no Novo México.

Imagem: Divulgação/National Radio Astronomy Observatory

Varredura grandiosa

Os cientistas estão animados porque o alcance dessa vez será maior. Enquanto as pesquisas anteriores do SETI só conseguiram examinar alguns milhares de estrelas , o COSMIC no VLA irá ouvir centenas de milhares, e potencialmente milhões, de sistemas estelares em frequências entre 0,75 e 50 GHz.

Como teste do sistema COSMIC, por exemplo, a equipe conseguiu “ouvir” sinais da espaçonave Voyager 1, da NASA , que está atualmente localizada a cerca de 159 unidades astronômicas, ou 14,8 bilhões de milhas, ou 23,8 bilhões de quilômetros da Terra.

Outro ponto comemorado pelo Seti é o auxílio de novas tecnologias. Ferramentas como o James Webb podem identificar os lugares mais prováveis para a existência de civilizações alienígenas, permitindo ao grupo que concentre sua busca por sinais.

Um balanço inicial do COSMIC foi publicado recentemente neste artigo científico.

As informações são do Space.com.

Bob Furuya
Colaboração para o Olhar Digital

Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.