Uber encerra negócio de entrega de bebidas alcoólicas nos EUA; entenda 

Empresa investiu US$ 1,1 bilhão no serviço através da Drizly 
Tamires Ferreira16/01/2024 08h46
Uber e Drizly
Imagem: shutterstock/rafapress
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Uber anunciou nesta terça-feira (16) que, após três anos, decidiu encerrar seu serviço de entrega de bebidas alcoólicas através da Drizly nos EUA. Segundo a empresa, ela irá se concentrar apenas em sua “estratégia central do Uber Eats”. 

O que você precisa saber: 

  • A Uber comprou a Drizly em 2021 por US$ 1,1 bilhão — decisão de aquisição veio após a empresa manter seu segmento de entregas estável durante a pandemia; 
  • A empresa integrou então as ofertas do Drizly em seu aplicativo Eats, mas mantendo também um app separado; 
  • De acordo com Pierre-Dimitri Gore-Coty, vice-presidente sênior de entrega da Uber, a empresa não deixará de entregar bebidas alcoólicas, mas concentrará tudo no Uber Eats; 
  • O fim do negócio chega após documentos mostrarem que, desde 2018, a Drizly vem sendo alertada sobre problemas de segurança — a não correção levou a uma violação de dados em 2020 que expôs informações de 2,5 milhões de clientes; 
  • A Uber, no entanto, não confirmou se o caso baseou a decisão da empresa de encerrar o negócio com a plataforma de pedidos e entrega on-line. 

Leia mais! 

Após três anos de Drizly operando de forma independente dentro da família Uber, decidimos fechar o negócio e nos concentrar em nossa estratégia central do Uber Eats de ajudar os consumidores a obter quase tudo — de alimentos a mantimentos e álcool — tudo em um único aplicativo. Somos gratos à equipe Drizly por suas muitas contribuições para o crescimento da categoria de entrega BevAlc como pioneira original do setor. 

Uber em comunicado. 

Segundo a Axios, o boom do caso de vazamento de dados da Drizly aconteceu em 2022, um ano após a Uber comprar a empresa. A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA concluiu que a companhia falhou em implementar as salvaguardas adequadas para proteger seus usuários e ordenou que a plataforma excluísse todos os dados pessoais armazenados que não tivesse nada a ver com seu serviço. 

A agência federal proibiu ainda que a companhia coletasse novos dados no futuro. Ela também exigiu que a empresa implementasse programas de segurança da informação. As regras passaram a valer para qualquer gestor ou empresa que assumisse a função de CEO. 

Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.