A Uber anunciou nesta terça-feira (16) que, após três anos, decidiu encerrar seu serviço de entrega de bebidas alcoólicas através da Drizly nos EUA. Segundo a empresa, ela irá se concentrar apenas em sua “estratégia central do Uber Eats”.
O que você precisa saber:
- A Uber comprou a Drizly em 2021 por US$ 1,1 bilhão — decisão de aquisição veio após a empresa manter seu segmento de entregas estável durante a pandemia;
- A empresa integrou então as ofertas do Drizly em seu aplicativo Eats, mas mantendo também um app separado;
- De acordo com Pierre-Dimitri Gore-Coty, vice-presidente sênior de entrega da Uber, a empresa não deixará de entregar bebidas alcoólicas, mas concentrará tudo no Uber Eats;
- O fim do negócio chega após documentos mostrarem que, desde 2018, a Drizly vem sendo alertada sobre problemas de segurança — a não correção levou a uma violação de dados em 2020 que expôs informações de 2,5 milhões de clientes;
- A Uber, no entanto, não confirmou se o caso baseou a decisão da empresa de encerrar o negócio com a plataforma de pedidos e entrega on-line.
Leia mais!
- Uber Pet está de volta e vai transportar cães e gatos com hora marcado
- Uber Roteiro chega ao Brasil para atender alta demanda de fim de ano
- Como pedir Uber pelo computador
Após três anos de Drizly operando de forma independente dentro da família Uber, decidimos fechar o negócio e nos concentrar em nossa estratégia central do Uber Eats de ajudar os consumidores a obter quase tudo — de alimentos a mantimentos e álcool — tudo em um único aplicativo. Somos gratos à equipe Drizly por suas muitas contribuições para o crescimento da categoria de entrega BevAlc como pioneira original do setor.
Uber em comunicado.
Segundo a Axios, o boom do caso de vazamento de dados da Drizly aconteceu em 2022, um ano após a Uber comprar a empresa. A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA concluiu que a companhia falhou em implementar as salvaguardas adequadas para proteger seus usuários e ordenou que a plataforma excluísse todos os dados pessoais armazenados que não tivesse nada a ver com seu serviço.
A agência federal proibiu ainda que a companhia coletasse novos dados no futuro. Ela também exigiu que a empresa implementasse programas de segurança da informação. As regras passaram a valer para qualquer gestor ou empresa que assumisse a função de CEO.