“Armadura para ligas metálicas” pode impulsionar avanços na energia e eletrônicos; entenda

Aplicação de filmes de nitreto de boro hexagonal em aços inoxidáveis e outras ligas metálicas cria qualidades antiderrapantes e proteção duradoura anti-corrosão e oxidação em altas temperaturas
Rodrigo Mozelli17/01/2024 00h26
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Cientistas aplicaram abordagem simples para cultivo de filmes de hBN na superfície de aços onipresentes e outras ligas metálicas para “blindá-los” e, assim, aumentar suas capacidades (Imagem: Adam Malin/ORNL, Departamento de Energia dos EUA)
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A adição de revestimentos ou “armaduras” em ligas metálicas, como aço, fortalece ainda mais os materiais, possibilitando melhorias em produtos existentes e o desenvolvimento de novos, cientistas descobriram.

A pesquisa foi liderada por Ivan Vlassiouk, do ORNL (Laboratório Nacional de Oak Ridge) e publicada na Advanced Materials Interfaces.

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Esse processo pode aumentar a resistência de painéis solares ao calor e fatores ambientais, manter a temperatura de operação adequada para semicondutores e proteger lâminas de turbinas aeroespaciais contra desgaste, reduzindo o atrito e suportando condições de alta temperatura.

Os revestimentos de hBN são produzidos a partir da combinação de fontes sólidas de boro e nitrogênio molecular, utilizando o processo chamado deposição química de vapor a pressão atmosférica.

Novas possibilidades para materiais metálicos e eletrônicos

  • Essa técnica de síntese resolve problemas de escalabilidade, como custos e segurança do processo, em aplicações onde esses aspectos eram problemáticos;
  • Além de fornecer camada protetora versátil para aços e metais, o uso desse processo para sintetizar hBN em camadas mono e bi-dimensionais poderia melhorar o desempenho de dispositivos eletrônicos e fotônicos emergentes;
  • Essa descoberta abre portas para avanços significativos nas áreas de energia, eletrônicos e aeroespacial, segundo o Phys.org.

Mais detalhes sobre o estudo podem ser encontrados no artigo científico: “Armor for Steel: Facile Synthesis of Hexagonal Boron Nitride Films on Various Substrates“.

Ouro não é o metal mais caro do mundo, saiba quem lidera o ranking

Apesar da platina, ouro e prata serem os metais preciosos mais popularmente conhecidos, eles não são os mais caros. Esse posto pertence ao ródio, praticamente desconhecido e usado principalmente em catalisadores automotivos.

O grama do ouro custa atualmente cerca de 67 dólares, com 0,0013 partes por milhão de ocorrência na crosta terrestre. No caso do ródio, no entanto, o preço está cerca de 144 dólares e sua abundância é de 0,000037 partes por milhão, de acordo com a Royal Society of Chemistry.

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.

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