Imagem: pixelrain/Shutterstock
O tempo que passamos olhando para telas atualmente pode tomar uma parte majoritária do nosso dia, e os efeitos disso no cérebro podem ser maiores do que imaginávamos. Conforme artigo do Jornal da USP, já existem teses capazes de relacionar esse excesso de contato com eletrônicos ao esquecimento de tarefas e atividades, algo chamado de “amnésia digital”.
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Como o contato com informações a partir das telas é constante e em ritmo acelerado, nosso cérebro precisa processar muita coisa, o que acaba afetando capacidade de guardar informações do dia-a-dia na memória. Também ficamos propensos a esquecer de tarefas que a tecnologia é capaz de marcar para nós, através de agendas e calendários digitais.
Para elucidar o que ocorre no cérebro que causa a “amnésia digital”, o Jornal da USP conversou com Cristiano Nabuco, coordenador do grupo Pro-Amiti do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. O profissional esclareceu que a região do cérebro que processa informações que recebemos pela internet faz essa compreensão de maneira ágil, mas não costuma guardar esses dados por muito tempo.
Trata-se de um raciocínio mais instantâneo, diferente do que exercitamos em nosso cérebro ao ler um livro ou qualquer outro material que exige mais tempo de compreensão. Quando o raciocínio é mais rápido, a informação não fica consolidada no cérebro.
Nosso contato frequente com telas de aparelhos digitais, portanto, impede a consolidação de nossa memória a longo prazo, pois estamos, na maior parte do dia, exercitando nosso cérebro apenas para processar dados de maneira mais veloz. Em maior grau, é um fenômeno que acarreta no esquecimento de tarefas básicas da nossa rotina.
Esta post foi modificado pela última vez em 18 de janeiro de 2024 23:22