Na noite deste sábado (21), foi registrado o maior tremor de terra da história do Brasil: um terremoto que atingiu 6,6 graus de magnitude, no município de Tarauacá, no Acre, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. 

Tendo afetado também o Peru, o tremor aconteceu por volta das 18h31 (pelo horário de Brasília), sem qualquer ocorrência de danos, até o momento. O terremoto ocorreu a 614,5 km de profundidade e não foi sentido pela população.

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Para entender mais sobre a magnitude deste terremoto, recebemos os professores Waldemir dos Santos, doutor em geografia física e professor da Universidade Federal do Acre, e Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP.

Eles falaram sobre o posicionamento do Brasil na placa tectônica Sul-Americana e explicaram se existe motivo para preocupação com tremores por aqui.

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A própria localização geográfica do estado proporciona que nós tenhamos sismos, com possibilidade de serem sismos fortes, no entanto, sem grande gravidade. Mas a Placa de Nazca no sentido convergente com a placa sul-americana, é realmente o motivo pelo qual nós temos essas ocorrências por aqui.  

Waldemir dos Santos

O valor da magnitude está relacionado com o tamanho da ruptura das rochas. Por exemplo, você já deve ter tomado um refrigerante, colocado com com gelo e quando você coloca o refrigerante, faz um estalo, isso ali é praticamente um sismo, tá? Um sismo da virtude super negativo, né? Se a gente levar isso para uma, para um mundo geológico, acontece isso também com as rochas do interior da Terra.

Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP

Confira a entrevista completa!