Novo robô-cobra imprime seu próprio corpo em 3D para explorar lugares inacessíveis; veja

Máquina foi criada por cientistas do Instituto Italiano de Tecnologia; robô pode auxiliar no trabalho de busca por sobreviventes em destroços
Por Bob Furuya, editado por Bruno Capozzi 23/01/2024 02h20, atualizada em 24/01/2024 21h16
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A reação da maioria das pessoas ao ler esse título deve ser de estranheza. A minha também foi ao receber o artigo científico do Instituto Italiano de Tecnologia.

Mas, acredite, é exatamente isso que os cientistas criaram dessa vez. Mas, em vez de cobra, eles usaram o termo videira – ou trepadeira.

Achei que “cobra” soaria mais bonitinho – e mais acessível para entender a movimentação desse novo robô.

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Imagem: Divulgação/Instituto Italiano de Tecnologia

Conheça o Filobot

  • O robô tem o formato longilíneo e uma cabeça que gira, em forma de cone.
  • À medida que a cabeça gira, ela cria mais massa corporal atrás dela usando impressão 3D, resultando no alongamento do corpo do robô.
  • Esse corpo que cresce é feito de um “termoplástico”, como é feito normalmente com as impressoras 3D.
  • Quando a cabeça em formato de cone gira, o robô imprime seu próprio corpo em sucessivas camadas enroladas de plástico derretido, que se unem à medida que esfriam.
  • Outra informação importante é que o crescimento pode ser programado em direção à luz, por exemplo, ou na direção contrária à força da gravidade.
  • Isso dá à máquina a capacidade de crescer como uma videira.
  • Você pode entender melhor o processo assistindo a esse vídeo:

Aplicações no dia a dia

Em artigo publicado na revista Science Robotics, os pesquisadores italianos explicam que a criação deles pode auxiliar no trabalho de buscas em uma mata fechada, por exemplo. Bastaria colocar uma câmera na ponta do robô.

Ele também poderia auxiliar os bombeiros a socorrer sobreviventes nos escombros de um desabamento. Ou até fazer um trabalho de observação de espécies animais no topo de uma árvore bem alta.

Também poderia ser usado para monitorar paisagens para estimar a probabilidade de avalanches ou deslizamentos de terra e testar os níveis de poluição em áreas de difícil acesso.

A ideia é que o Filobot vá a lugares onde o ser humano não consegue chegar.

Vale destacar que a taxa de crescimento do robô é lenta – seu corpo se alonga apenas alguns milímetros a cada minuto.

Isso é uma vantagem, segundo os cientistas italianos, já que ele pode entrar em escombros e não derrubar toda a estrutura já abalada.

As informações são do New Atlas e do TechXplore.

Bob Furuya
Colaboração para o Olhar Digital

Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.