Parte do cérebro pode indicar sinais de Alzheimer com até 10 anos de antecedência

Pesquisadores sugerem que uma faixa de tecido cerebral fica mais fina em pacientes que possuem Alzheimer antes dos primeiros sintomas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/01/2024 01h20
Ilustração de idoso se desfazendo em peças de quebra-cabeça para retratar conceito do Alzheimer
Imagem: OPAS
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Uma parte do cérebro pode ser capaz de prever a doença de Alzheimer com antecedência. É isso que revela um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. A descoberta pode ajudar na criação de novas formas de tratamento.

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Alzheimer (Imagem: SewCream/Shutterstock)

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No total, 1.500 participantes com idades entre 70 e 74 anos participaram da pesquisa. O estudo comparou pacientes com e sem demência em duas ressonâncias magnéticas feitas com 10 anos de intervalo.

Os pesquisadores perceberam que a faixa de tecido cerebral mais grossa mostrou relação com melhores resultados e as mais finas com piores resultados, em geral. A própria equipe reconhece que mais estudos são necessários para validar a teoria.

Se confirmada a ligação entre a parte do cérebro e a doença, o monitoramento da espessura da substância cinzenta cortical pode servir como um marcador para identificar o Alzheimer com antecedência. Isso auxiliaria na criação de novas opções terapêuticas e modificações no estilo de vida para combater o avanço da doença.

O primeiro sintoma do Alzheimer é a perda de memória. Mas em alguns casos o paciente também pode apresentar dificuldade de atenção, menor capacidade de gesticulação com as mãos, perda de consciência espacial e até altos níveis de ansiedade.

Especialistas recomendam a prática de atividades físicas, estimulação da capacidade de memória, boa alimentação e cuidado da saúde de forma geral para quem é diagnosticado com a doença.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.