Um relatório da empresa norte-americana Chainalysis revela que hackers ligados à Coreia do Norte atacaram um número recorde de plataformas de criptografia em 2023. Os dados foram coletados de 2016 a 2023 e apontam que foram 20 ciberataques apenas no ano passado, o mais alto entre o período analisado.

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Lucro bilionário

  • Ainda de acordo com o levantamento, os hackers roubaram pouco mais de US$ 1 bilhão, quase R$ 5 bilhões, em criptoativos no ano passado.
  • O número só é menor do que o registrado em 2022, quando os ataques resultaram em lucros de US$ 1,7 bilhão, aproximadamente R$ 8,3 bilhões.
  • Ainda segundo a Chainalysis, os hackers ligados à Coreia do Norte têm aumentado nos últimos anos, com grupos de espionagem cibernética como Kimsuky e Lazarus Group utilizando várias táticas maliciosas para adquirir grandes quantidades de criptoativos.
  • As informações são da CNBC.
Ataques teriam ligação com o regime de Pyongyang (Imagem: trambler58/Shutterstock)

Ligação entre hackers e o programa nuclear norte-coreano

Outro relatório da empresa de inteligência blockchain TRM Labs revela que cibercriminosos ligados à Coreia do Norte roubaram pelo menos US$ 600 milhões, quase R$ 3 bilhões, em criptomoedas em 2023.

Em setembro, o FBI confirmou que o norte-coreano Lazarus Group foi responsável pelo roubo de cerca de US$ 41 milhões (R$ 200 milhões) em criptoativos do cassino online e da plataforma de apostas Stake.com.

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Em 29 de novembro, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou o Sinbad.io, um misturador de moedas virtuais que é uma ferramenta chave de lavagem de dinheiro para o Lazarus Group. Esses serviços misturam criptomoedas de diferentes fontes para tornar as transações mais difíceis de ser rastreadas pelas autoridades.

Pesquisas anteriores ainda revelaram que o dinheiro roubado pelos hackers ligados à Coreia do Norte são utilizados para financiar os programas de armas nucleares do regime de Pyongyang. Desde que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em 2006, o governo do país foi alvo de várias sanções destinadas a limitar o acesso do regime a fontes de financiamento necessárias para apoiar suas atividades nucleares.