El Niño: incêndios florestais já devastaram quase 18 mil hectares de vegetação na Colômbia

O governo da Colômbia decretou situação de "desastre natural" e pediu ajuda de outros países para combater os incêndios florestais
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 29/01/2024 12h46
Silhueta de bombeiro encarando incêndio na Califórnia
(Imagem: Ringo Chiu/Shutterstock)
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A onda de calor extremo provocada pelo fenômeno climático El Niño tem gerado diversos incêndios florestais na Colômbia. Segundo as autoridades do país, as chamas já destruíram 17.192 hectares de vegetação desde novembro. Por conta da situação, o governo colombiano declarou estado de emergência.

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Má qualidade do ar também preocupa

  • De acordo com a Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD) da Colômbia, 340 incêndios florestais já foram registrados nos últimos três meses no país.
  • Ao menos 34 deles ainda têm focos ativos.
  • Na capital Bogotá, as chamas ameaçam atingir residências e as autoridades sugerem que as pessoas evitem sair às ruas pela má qualidade do ar provocada pela intensa fumaça.
  • No total, são quase 8 milhões de pessoas expostas a uma “deterioração significativa” da qualidade do ar.
  • Na última sexta-feira (26), o aeroporto internacional El Dorado, em Bogotá, normalizou as operações após as restrições que afetaram 138 voos.
  • As informações são da revista Exame.
Incêndios florestais deixam Colômbia em estado de emergência (Imagem: Anna.zabella/Shutterstock)

Efeito do El Niño

O presidente da Colômbia Gustavo Petro decretou situação de “desastre natural” no país e destinou recursos econômicos para a emergência. Ele também pediu ajuda de outros países para combater os incêndios florestais. 

Os governos dos Estados Unidos, Peru, Chile e Canadá já sinalizaram que irão auxiliar os colombianos, mas ainda não há previsão de quando isso vai acontecer de fato.

Segundo Petro, o aquecimento global, potencializado pelo El Niño (caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico) está agravando a situação.

Janeiro de 2024 “estaria se configurando” como o primeiro mês do ano “mais quente” em 30 anos, segundo Ghisliane Echeverry, diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam). A previsão é que fevereiro também pode ter temperaturas mais altas e apenas em março as chuvas ajudariam a “atenuar” as consequências do calor extremo.

As autoridades colombianas ainda investigam se atos criminosos podem ter provocado parte dos incêndios florestais. Até agora, 26 pessoas foram presas preventivamente.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.