Filmes e séries no Prime Video, plataforma de streaming da Amazon, terão anúncios no meio. Pelo menos, para assinantes nos Estados Unidos. Os anúncios começam a rodar a partir desta segunda-feira (29).

Para quem tem pressa:

  • Os assinantes do Prime Video nos Estados Unidos passarão a ver anúncios em filmes e séries disponíveis na plataforma a partir desta segunda-feira (29). Para evitar os anúncios, os assinantes precisarão pagar US$ 2,99 (R$ 15) extras por mês;
  • A Amazon comunicou essa mudança aos seus clientes por e-mail em dezembro, explicando que a inclusão de anúncios permitirá mais investimento em conteúdo;
  • A carga média de anúncios por hora no Prime Video deverá ser de dois a três minutos e meio, conforme reportado pelo Wall Street Journal. Os anúncios aparecerão tanto no início quanto no meio dos programas;
  • Com essa mudança, a Amazon segue o exemplo de outras grandes plataformas de streaming nos EUA, como Netflix, Disney+, Max e Paramount+, que já introduziram anúncios em seus serviços.

Os assinantes que quiserem assistir os títulos do catálogo sem anúncios no meio terão que pagar US$ 2,99 (aproximadamente R$ 15, em conversão direta) a mais por mês.

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Leia mais:

A plataforma de streaming comunicou a mudança para seus clientes por e-mail em dezembro. Confira abaixo o que a mensagem dizia:

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Escrevemos para você hoje sobre uma mudança em sua experiência no Prime Video. A partir de 29 de janeiro, os filmes e programas de TV incluirão anúncios limitados. Isso nos permitirá continuar investindo em conteúdo atraente e aumentar esse investimento ao longo do tempo. Nosso objetivo é ter significativamente menos anúncios do que a TV linear [a ‘tradicional’] e outros provedores de streaming de TV.

Anúncios no Prime Video

(Imagem: Thibault Penin/Unsplash)

Segundo o Wall Street Journal, a carga média de anúncios por hora deve ser entre dois e três minutos e meio, o que seria significativamente menor do que a televisão tradicional e a maioria dos outros serviços de streaming. Alguns comerciais apareceriam antes de um programa começar a ser exibido, enquanto outros o interromperiam.

Agora, as cinco maiores plataformas de streaming dos EUA têm anúncios. A Amazon seguiu os passos da Netflix, Disney+, Max (ainda HBO Max no Brasil) e Paramount+, que introduziram anúncios nos últimos anos. A princípio, as plataformas ofereciam uma alternativa à TV a cabo. Mas à medida que o cenário se tornou mais competitivo, todos recorreram a modelos de negócio (ainda mais) comercializados.

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No caso da Amazon, um detalhe importante: a empresa determina o “nível” com anúncios como padrão. A maioria dos concorrentes introduziu anúncios de forma mais sutil, com planos mais baratos, como a Netflix fez.

Os modelos de assinatura para serviços de streaming não duraram muito. Há quem diga que a era de ouro do streaming passou (e custou caro). “Havia um forte legado de posição anti-anúncios na empresa”, disse o co-CEO da Netflix, Greg Peters, numa entrevista à Stratechery.

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Agora, as plataformas têm anúncios porque são gigantes que não conseguem crescer mais. Então, precisam gerar mais receita de alguma outra maneira – o que significa introduzir publicidade e aumentar preços, como o Prime Video faz nos EUA. E outras já fizeram.