Uma pesquisa conduzida pela Universidade da Califórnia em São Francisco encontrou indícios de uma relação entre altas temperaturas corporais e a depressão. Os resultados, publicados na revista Scientific Reports, podem servir de base para novos tratamentos baseados na redução da temperatura corporal para diminuir os sintomas depressivos.

O que o estudo descobriu?

  • Segundo o estudo, pessoas com depressão têm uma temperatura corporal mais elevada.
  • Conforme os pacientes apresentavam sintomas mais graves da doença, suas temperaturas corporais também ficavam mais altas.
  • As pessoas com temperaturas corporais mais estáveis ao longo do dia parecem ter mais chances de sentir-se deprimidas – essa descoberta não foi considerada muito importante.
  • Ainda não se sabe se a alta temperatura é a causa ou a consequência da depressão.

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Novo método de tratamento

Ashley Mason, Ph.D., professora associada de psiquiatria na UCSF, destaca ao Medical Xpress que um novo método de tratamento para depressão pode envolver o uso de banheiras de hidromassagem e saunas, que têm sido associadas à redução dos sintomas. De modo surpreendente, aumentar a temperatura do corpo pode resultar em uma redução que dura mais do que resfriar as pessoas diretamente, como em um banho gelado, explica ela.

Segundo a especialista, esse estudo oferece esperança para novos caminhos no tratamento da depressão e destaca que monitorar a temperatura pode ajudar a garantir maior eficácia do novo método.

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O estudo examinou a relação entre a temperatura corporal e os sintomas depressivos em uma grande amostra de pessoas, usando métodos de autorrelato e sensores vestíveis. Foram analisados dados de mais de 20 mil pacientes de 106 países que tiveram sua temperatura corporal monitorada por dispositivos com esse fim. A pesquisa começou em 2020 e teve uma duração de sete meses.