Tinder é processado sob acusação de viciar os usuários; entenda

O processo diz que o Tinder induz o uso compulsivo e incentiva os usuários a pagar por assinaturas para terem "sucesso" na vida amorosa
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 15/02/2024 10h35
tinder
Imagem: Boumen Japet/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Match Group, maior empresa de sites e aplicativos de relacionamento do mundo, está sendo processado. Uma ação coletiva acusa a companhia, dona do Tinder, de viciar os usuários a partir do uso de algoritmos na busca por companheiros (as).

Leia mais

O processo aponta que o modelo adotado pela rede social induz o uso compulsivo da plataforma, além de incentivar os usuários a pagar por assinaturas para terem “sucesso” na vida amorosa.

A ação foi apresentada no tribunal federal de São Francisco, nos Estados Unidos, e alega que a empresa usa seus recursos “para gamificar as plataformas e transformar usuários em jogadores em uma busca de recompensas psicológicas”.

Em nota, a Match rejeitou as alegações e chamou o processo de “ridículo”. De acordo com a companhia dona do Tinder, o modelo de negócio adotado não é baseado em publicidade ou métricas de engajamento.

Recentemente, o presidente-executivo da Match, Bernard Kim, disse a analistas que a empresa adotou uma “mentalidade de falha rápida” para substituir recursos que não funcionam. Ainda segundo ele, o Tinder e está usando inteligência artificial para melhorar as experiências dos usuários

Tinder. Foto: Good Faces Agency/Unsplash
Tinder é acusado de induzir o uso compulsivo da plataforma (Imagem: Good Faces Agency/Unsplash)

Outros processos por vício

  • Processos semelhantes foram abertas contra empresas como a Alphabet (controladora do Google), Meta (dona do Facebook e Instagram), ByteDance (responsável pelo TikTok) e Snapchat.
  • Eles alegam que as companhias desenvolvem recursos para viciar milhões de pessoas, especialmente crianças, em suas plataformas.
  • Na ação contra a Match, os acusadores citam benefícios como a possibilidade de “curtir” um número ilimitado de perfis como uma forma de impedir que os usuários consigam construir relacionamentos de verdade.
  • De acordo com os advogados responsáveis pela acusação, os aplicativos levam ao vício, solidão, ansiedade e depressão.
  • As informações são da Reuters.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.