O estresse financeiro é uma condição que resulta de eventos tanto financeiros, como econômicos que criam ansiedade, preocupação ou sensação de escassez. Pode afetar pessoas de todas as faixas de renda e está diretamente relacionado à nossa percepção e gerenciamento das finanças pessoais. 

Esse problema pode desencadear ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental. A sensação de estar sobrecarregado com dívidas, contas a pagar ou incerteza financeira pode levar a sentimento de impotência e desesperança.

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Além disso, o estresse financeiro pode se tornar crônico e agravar ainda mais os problemas de saúde, como ansiedade, depressão, insônia, hipertensão e doenças cardíacas.

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Ninguém está livre do estresse e o financeiro é um setor da vida que está muito relacionado a desenvolver problemas de saúde física e mental.

A ansiedade, por exemplo, tem se mostrado como o grande mal do mundo moderno e associada à questões financeiras, pode gerar tanto alterações comportamentais, mudanças de humor e manifestações de preocupação, como também sintomas físicos, como dores de cabeça ou dificuldade em dormir, relacionados com questões de dinheiro.

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O estresse financeiro impacta mais do que apenas a saúde mental 

Um estudo realizado no Reino Unido pela UCL (University College London) e pelo Kings College encontrou provas de que o estresse relacionado ao dinheiro está ligado a alterações a longo prazo nos principais marcadores de saúde, incluindo os associados aos sistemas imunológico, nervoso e hormonal. Veja a publicação clicando aqui.

Foram analisados seis fatores relacionados ao estresse: dificuldades financeiras, luto, doença, divórcio, deficiência e prestação de cuidados. De todos eles, as tensões financeiras foram associadas aos perfis de saúde mais arriscados a longo prazo.

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Talvez não seja surpreendente que a tensão relacionada às finanças cause danos à saúde, mas saber que o estrago é muito mais profundo do que podemos imaginar, nos faz pensar em como resolver, ou pelo menos, amenizar esses danos.

Sabe-se que o estresse, de modo geral, tem um impacto significativo no envelhecimento do corpo. Pode desencadear uma cascata de alterações hormonais, que aumentam a respiração, a pressão arterial e a frequência cardíaca. O sistema imunológico também responde produzindo mais moléculas pró-inflamatórias.

Não só dívidas causam estresse financeiro

Quando pensamos em estresse financeiro, em um primeiro momento, podemos associar as preocupações relacionadas à falta de dinheiro. E claro, está sim, muito associado. Mas, as pessoas com enorme patrimônio podem também sentirem os sintomas do estresse financeiro. Angústia e ansiedade por conta do futuro de seus bens e o gerenciamento do dinheiro afetam também os mais afortunados.

Saiba quais são os principais sintomas causados pelo estresse financeiro:

  • Estresse
  • Insônia
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Sentimentos de culpa, raiva, desânimo, angústia
  • Isolamento social
  • Queda na produtividade
  • Distúrbios do sono
  • Alterações de humor
  • Mudança de apetite
  • Emoções fortes em um curto período, como vergonha, dúvida, medo, e tristeza
  • Sensação de sobrecarga 

Com tudo isso, não é difícil deduzir os impactos em diferentes setores da vida. Os problemas financeiros também podem afetar a vida profissional e resultar em aumento do estresse entre funcionários, incapacidade de concentração no trabalho, atrasos, entre outros.

Podem afetar os relacionamentos, causando irritabilidade, mudanças bruscas de humor, emoções de desamparo, medo ou raiva. Isso ligado aos sintomas físicos como dores musculares, fadiga e insônia torna a vida como um todo em um mar de problemas que fogem ao controle.

Mas nem tudo está perdido! Existem maneiras para amenizar esse estresse financeiro.

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Imagem: New Africa / Shutterstock

Ter consciência que nem tudo está sob o nosso controle é o primeiro passo. Não temos o poder de modificar o cenário econômico do país ou do mundo, por exemplo. Mas podemos começar arrumando a nossa própria ‘casa’, do lado de fora e de dentro.

1- Planeje

O planejamento é a chave para controlar a ansiedade. Organizar seus compromissos financeiros e traçar objetivos com metas a curto, médio e longo prazo facilitarão as resoluções. Tenha prioridades, resolva o que é mais urgente primeiro e siga um roteiro que permita visualizar quais e quantas pendências financeiras tem para solucionar. O planejamento é a chave para controlar a ansiedade. Organizar seus compromissos financeiros e traçar objetivos com metas a curto, médio e longo prazo facilitarão as resoluções. Tenha prioridades, resolva o que é mais urgente primeiro e siga um roteiro que permita visualizar quais e quantas pendências financeiras tem para solucionar.

2- Busque recursos

Não, não é sobre fazer empréstimos. Procure alternativas ao problema prático. Se for falta de dinheiro, pense em outras fontes de renda, ajuda financeira e corte de gastos. Se não sabe administrar seu dinheiro (seja muito ou pouco), invista em educação financeira. Estude, pesquise, busque profissionais.

3- Cuide-se

Diminua o uso da palavra estresse pela palavra autocuidado. Se você já planejou, organizou e procurou recursos para te ajudar com as finanças, aproveite para relaxar. Respire, divirta-se, procure atividades físicas, espirituais e emocionais que tragam conforto emocional, bom humor e bem-estar. Uma cabeça distante do sofrimento psicológico pode trabalhar muito mais a seu favor na hora de agir com as finanças.