Teria coragem? Empresa quer construir casas nas profundezas do oceano

A empresa de exploração e tecnologia oceânica Deep anunciou o Sentinel, projeto para criar espécie de habitat para civis e pesquisadores nas profundezas do oceano. O plano da companhia é viabilizar a presença de humanos debaixo d’água por longos períodos até 2027.

Para quem tem pressa:

• A Deep anunciou o Sentinel, projeto para criar espécie de habitat submersível para civis e pesquisadores viverem nas profundezas do oceano até 2027;
• O Sentinel oferecerá quartos, banheiros, e áreas para jantar, trabalhar e socializar. A ideia é aumentar a conscientização sobre a importância do oceano e explorar a vida aquática de maneira sustentável, segundo a empresa;
• A construção do Sentinel, numa pedreira submersa na Inglaterra, está programada para começar após a obtenção de aprovações regulatórias em 2024, com testes em águas profundas previstos para o final de 2026;
• Inicialmente, o acesso ao Sentinel será limitado aos endinheirados, mas o objetivo a longo prazo é democratizar a experiência de viver sob o mar, proporcionando oportunidades para pesquisa e exploração oceânica.

No papel, o habitat submersível do Sentinel tem quartos, banheiros e espaços para jantar, trabalhar e socializar. “Queremos trazer a humanidade de volta para o oceano. É sobre aumentar a conscientização e destacar a importância do oceano, que é o coração e os pulmões de nosso planeta, responsável pelo oxigênio em pelo menos a cada dois suspiros que você dá”, disse o presidente da Deep, Sean Wolpert, em entrevista à Forbes.

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Casas nas profundezas do oceano

O Sentinel visa criar um ambiente onde humanos possam viver, trabalhar e prosperar sob o mar, numa missão multigeracional para adaptar a humanidade à vida aquática. A estrutura é personalizável e flexível, projetada para se adaptar a diferentes necessidades e funções na Plataforma Continental.

Os quartos no Sentinel são projetados para oferecer conforto e privacidade, com espaço suficiente para uma pessoa de 1,80m dormir. Os cômodos também contam com armazenamento amplo e janelas grandes.

O início da construção do Sentinel está previsto para após a obtenção de aprovações regulatórias em 2024, com a expectativa de iniciar os testes em águas profundas até o final de 2026. O habitat será implantado numa pedreira de calcário submersa na Inglaterra, escolhida por suas condições ideais para o projeto.

Wolpert reconhece que, inicialmente, a experiência de viver no Sentinel será acessível principalmente aos muito endinheirados, semelhante às iniciativas espaciais privadas que transportam pessoas ricas ao espaço. A longo prazo, o projeto visa expandir o acesso a essa experiência.

O projeto Sentinel não apenas proporcionará aos pesquisadores a oportunidade de viver sob o mar por até 28 dias consecutivos, mas também abrirá caminhos inéditos para a exploração e estudo das profundezas oceânicas. Espera-se que isso permita um entendimento mais profundo dos ecossistemas marinhos e das possíveis aplicações para a saúde humana.