Imagem: Valentina Moraru/Shutterstock
Após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, resta pouca vida nas regiões mais afetadas pela radiação. No entanto, na contramão das previsões, algumas espécies conseguiram se adaptar, incluindo o sapo oriental.
Mas como eles conseguiram sobreviver? Segundo pesquisadores, isso pode estar ligado ao desenvolvimento de uma nova cor de pele.
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Sapos com pele mais escura têm mais de um grupo de melanina, o que pode resultar em mais proteção contra a radiação, incluindo a ionizante encontrada em Chernobyl. Funciona basicamente como uma espécie de “tampão contra a radiação”, diz o estudo.
“A coloração escura é conhecida por proteger contra diferentes fontes de radiação, neutralizando os radicais livres e reduzindo os danos ao DNA”, acrescenta a pesquisa.
De fato, a cor da pele era mais escura nas áreas próximas da explosão, onde a radiação era elevada no momento do desastre. Os pesquisadores sugerem que os altos níveis de radiação no momento do acidente podem ter gerado uma rápida evolução da espécie.
Os sapos com menos melanina, mais vulneráveis aos efeitos da radiação, provavelmente morreram antes da reprodução. Por outro lado, os com pele mais escura tinham maior probabilidade de sobreviver graças à sua melanina protetora, característica que teria sido transmitida aos descendentes.
Os investigadores esperam que estudos futuros ajudem a desvendar os mecanismos genéticos por trás da coloração mais escura dos sapos de Chernobyl, bem como a estabelecer outras possíveis consequências da exposição a longo prazo da vida selvagem à radiação.
As informações são do Iflscience.
Esta post foi modificado pela última vez em 21 de fevereiro de 2024 12:09