Explosão estelar rara pode ser vista a olho nu este ano

O sistema estelar T Coronae Borealis está localizado a três mil anos-luz da Terra e deve explodir ainda em 2024
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 28/02/2024 14h11, atualizada em 29/02/2024 20h45
A ultima vez que a nova T CrB explodiu foi a quase 80 anos, mas quando acontecer de novo será algo parecido com isso (Credito: Goddard/NASA)
A ultima vez que a nova T CrB explodiu foi a quase 80 anos, mas quando acontecer de novo será algo parecido com isso (Credito: Goddard/NASA)
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O sistema estelar T Coronae Borealis, localizado a três mil anos-luz da Terra, costuma explodir em intervalos de 80 anos. O último episódio do tipo aconteceu em 1946 e, segundo os cientistas, o próximo pode ocorrer ainda em 2024 (até o mês setembro, de acordo com as projeções). O mais interessante é que, após o fenômeno, o sistema estelar será visível a olho nu.

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Segundo informações da NASA, o T Coronae Borealis costuma ter magnitude +10. Essa é uma escala usada pelos astrônomos para definir as diferenças de brilho entre os corpos celestes. Quanto menor o número, mais brilhante é o astro. 

Isso significa que o sistema estelar em questão quase não brilha e é impossível vê-lo a olho nu. No entanto, quando a explosão acontecer, T Coronae Borealis deve alcançar magnitude +2. Dessa forma, deve permanecer visível sem a necessidade de equipamentos especiais por até uma semana.

De acordo com os cientistas, o brilho da estrela vai ser comparável ao de Polaris, a Estrela do Norte. Já Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno, tem magnitude -1,46.

Após alcançar a luminosidade máxima, entretanto, T Coronae Borealis vai voltar a escurecer. E então deve levar um novo período de 80 anos para que o ciclo se repita. Essas explosões em intervalos determinados são conhecidas como novas recorrentes. 

Sobre o sistema estelar T Coronae Borealis

  • T Coronae Borealis é um sistema estelar binário formado por uma anã branca e uma gigante vermelha.;
  • Elas estão tão próximas uma da outra que o aumento de temperatura e pressão tornam a gigante vermelha instável;
  • Em função disso, ela começa a expelir suas camadas, que por sua vez são “sugadas” pela anã branca;
  • Em determinado momento, a fina atmosfera da anã branca fica tão quente que causa uma reação termonuclear em escala, causando a explosão.
  • As informações são da NASA.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.