Por pouco! Espaçonave da NASA quase bate em satélite russo

A colisão entre a espaçonave TIMED, da NASA, e o satélite russo Cosmos 2221 poderia gerar uma grande quantidade de detritos no espaço
Alessandro Di Lorenzo28/02/2024 10h58, atualizada em 05/08/2025 14h11
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Representação artística de dois satélites se encontrando na órbita da Terra. Crédito: aappp - Shutterstock
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Quem disse que o espaço está livre de “acidentes de trânsito”? Por pouco um satélite russo não colidiu com uma espaçonave da NASA nesta quarta-feira (28). O choque poderia gerar uma grande quantidade de detritos.

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A espaçonave Thermosphere Ionosphere Mesosphere Energetics and Dynamics Mission (TIMED), da NASA, passou a apenas 600 quilômetros de distância do satélite russo Cosmos 2221. Os dois equipamentos não são manobráveis, ou seja, não seria possível mudar a rota deles para evitar uma possível colisão (o que, por sorte, não aconteceu).

De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, um eventual choque teria condenado a missão científica TIMED, que estuda a influência do Sol e da atividade humana na mesosfera e na baixa termosfera da Terra. Além disso, poderia iniciar uma série de outras colisões com objetos em órbita. As informações são da Live Science.

Colisões no espaço estão cada vez mais prováveis

  • Apesar do pior não ter acontecido, cientistas alertam que o crescente número de satélites e de lixo espacial geram riscos de colisões.
  • Atualmente, o Departamento de Defesa dos EUA rastreia os 30 mil maiores pedaços de detritos, mas há muitos outros que são muito pequenos para serem monitorados.
  • Esses pedaços menores são uma ameaça tanto para os satélites quanto para a Estação Espacial Internacional, que já precisou realizar manobras evasivas para se esquivar de uma colisão.
  • Uma das soluções propostas é remover o lixo espacial através de um laser.
  • Outra, apresentada pela Agência Espacial Europeia (ESA), sugere lançar um robô para “limpar” o espaço.
  • Esta missão está prevista para 2025 e servirá como um teste para uma operação de alcance muito mais amplo no futuro.
  • O diretor-geral da ESA, Jan Wörner, também defendeu novas regras para responsabilizar empresas e agências governamentais pelo lixo espacial.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.