Armas ainda afiadas são encontradas em cemitério de 5 mil anos na Itália

O cemitério data da Idade do Cobre e contém quase duas dúzias de túmulos, além de uma grande coleção de armas antigas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 29/02/2024 14h27
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Imagem: Ministério da Cultura da Itália
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Arqueólogos descobriram uma Necrópole (antigo cemitério) da Idade do Cobre contendo quase duas dúzias de túmulos e uma coleção de armas antigas. Os materiais foram encontrados em San Giorgio Bigarello, município do norte da Itália, durante a construção de uma horta comunitária.

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Mortos foram enterrados junto com armas (Imagem: Ministério da Cultura da Itália)

Cemitério tem 5 mil anos

Após análises, os pesquisadores descobriram que o local de sepultamento tem cerca de 5 mil anos. Além disso, identificaram que muitos dos enterros ali realizados incluíam armas de sílex, como punhais, “pontas de flechas perfeitas” e lâminas.

Alguns dos túmulos também continham bens funerários, como colares feitos com contas de pedra-sabão. Pelo menos seis túmulos estão em bom estado de conservação, o que pode ser explicado pela localização do cemitério em uma colina arenosa.

Esqueletos estavam enterrados para o lado esquerdo (Imagem: Ministério da Cultura da Itália)

Esqueletos podem ser de guerreiros antigos

  • Os arqueólogos notaram que muitos dos esqueletos estavam enterrados para o lado esquerdo “com as pernas dobradas em seus peitos e cabeças orientadas para o noroeste”.
  • O posicionamento dos corpos sugere que pode ter havido alguma correlação com outra cultura da Idade do Cobre do norte da Itália, conhecida como Remedello.
  • Isso porque membros dessa cultura enterraram seus falecidos de maneira semelhante, “levando a alguns paralelos entre as duas sociedades”.
  • Embora os arqueólogos não saibam as identidades dos mortos (exames de DNA serão realizados para determinar isso), as armas enterradas com eles sugerem que muitos eram guerreiros.
  • Os materiais encontrados incluem pontas de flechas de sílex afiadas de “alta qualidade” que são “tão leves que são praticamente translúcidas.
  • Segundo os pesquisadores, elas só poderiam ter sido criadas por pessoas de grande habilidade técnica e experiência.
  • As informações são da Live Science.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.