Telemedicina: hospitais tradicionais vão levar conectividade para locais remotos

Parceria vai usar bancos de dados para agilizar comunicação na área da saúde, além de promover telemedicina como forma de inclusão
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Rodrigo Mozelli 29/02/2024 07h00
Vista do monitor do PC sobre o ombro da menina, velho médico usa fone de ouvido uniforme dá consulta ao cliente via internet sobre surto epidêmico do vírus corona ncov, comunicação distante e conceito de proteção
(Imagem: fizkes/Shutterstock)
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O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) se uniu ao Hospital Beneficência Portuguesa a partir da iniciativa InovaHC para levar conectividade no setor de saúde para áreas remotas.

O projeto pretende usar tecnologia para melhorar o acesso aos tratamentos. Ainda, as instituições médicas, como o próprio HC, estão promovendo telemedicina como forma de aumentar a acessibilidade a consultas.

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Parceria por conectividade na saúde

Giovanni Guido Cerri, professor da Faculdade de Medicina da USP e presidente dos conselhos do Instituto de Radiologia e InovaHC, ao Jornal da USP, diz que a colaboração é importante por se tratar de duas instituições antigas e tradicionais, com excelência em saúde.

O HC vai ajudar a Beneficência Portuguesa na conectividade, para que informações de exames e procedimentos médicos coletados em áreas de pouco acesso possam chegar à unidade central, em São Paulo, prontamente.

Por exemplo, uma das ações da parceria será usar dados do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) de áreas do Nordeste para obter informações de saúde das mulheres.

Ele ressalta como o HC já trabalha com 5G para trazer informações de áreas longínquas para a capital.

telemedicina
Imagem: Ju Jae-young/Shutterstock

Telemedicina e saúde digital

Cerri ainda lembra que a pandemia mudou a forma como os médicos enxergam os atendimentos e consultas remotas, com mais aceitação. Para ele, a legislação que aprovou a telemedicina no Brasil contribuiu para melhorar a aplicação da tecnologia.

Saiba mais vantagens, segundo o professor:

  • Cerri conta que a saúde digital promove jornadas de trabalho mais fáceis e objetivas para os profissionais da saúde;
  • Além disso, economiza, já que precisa de poucos equipamentos, como uma câmera, computador e boa conexão;
  • Para ele, o processo também é mais rápido e dinâmico na hora de realizar diagnósticos;
  • Ao final, Cerri diz que isso torna o atendimento médico mais acessível para pacientes em áreas distantes, promovendo a inclusão;
  • Porém, um dos desafios da telemedicina atualmente é a falta de investimento.

Imagem: MaximP/Shutterstock

O professor da USP ainda revela que, hoje, o HC realiza cerca de 10% das consultas de forma online. A meta é chegar a 40% em quatro anos.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.