A gigante automobilística Stellantis — grupo que inclui Fiat, Jeep e outras 12 marcas — revelou planos ambiciosos para impulsionar sua presença no Brasil. Com um investimento robusto de R$ 30 bilhões previsto para os próximos cinco anos, a empresa busca redefinir os padrões da indústria automobilística nacional.

A Stellantis planeja uma abordagem de longo prazo, com vistas a transformar não apenas suas operações, mas também o panorama da mobilidade no país. Este investimento maciço será canalizado para diversas áreas, desde a modernização das fábricas até o desenvolvimento de tecnologias de ponta para redução de emissões.

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Uma das iniciativas mais notáveis ​​será o lançamento de aproximadamente 40 novos produtos, abrangendo uma gama diversificada de modelos e segmentos de mercado. Além disso, a empresa está comprometida com o desenvolvimento de tecnologias de descarbonização, com foco especial no avanço da tecnologia bio-híbrida, que combina eletrificação com motores flex movidos a etanol.

stellantis fiat
Imagem: Luciana Biazzi / Shutterstock.com

Ao anunciar esses planos, Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis, enfatizou (via g1) o compromisso da empresa em oferecer soluções de mobilidade seguras, limpas e acessíveis para os consumidores brasileiros.

Qual é a tecnologia mais limpa que podemos colocar no mercado por um valor que a classe média possa pagar?

Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis

Tavares destacou a importância de encontrar um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a acessibilidade, optando por investir em veículos híbridos movidos a etanol como uma alternativa mais viável aos carros elétricos, ainda considerados caros para a maioria da população.

Programa Mover e regionalização da indústria

  • Esse anúncio também está alinhado com as políticas governamentais, notadamente o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), estabelecido para promover a transição para uma mobilidade mais sustentável no país.
  • O Mover inclui incentivos para a produção de veículos limpos e pesquisa em tecnologias verdes, como o “IPI Verde”, um sistema de impostos que favorece veículos menos poluentes.
  • “O mundo está passando por uma fragmentação, com uma regionalização cada vez maior. Isso está fazendo com que cada região esteja abordando a questão de uma mobilidade limpa sob seus próprios prismas”, comenta Tavares.
  • Tavares ressaltou a importância de um investimento contínuo em pesquisa para desenvolver baterias elétricas mais acessíveis, visando tornar os veículos elétricos uma opção viável para todos os consumidores, independentemente de sua renda.