Dexcom recebe aprovação da FDA para novo monitor de glicose

Dispositivo foi projetado para pacientes com diabetes tipo 2 que não usam insulina
Rodrigo Mozelli06/03/2024 20h38
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Imagem: Divulgação/Dexcom
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A Dexcom, empresa de dispositivos médicos, obteve autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, da sigla em inglês) para o seu novo monitor de glicose contínuo sem prescrição chamado Stelo.

Esse dispositivo foi projetado para pacientes com diabetes tipo 2 que não usam insulina, tornando-o acessível para aqueles que não possuem cobertura de seguro para monitores de glicose contínuos (CGMs, da sigla em inglês).

Leia mais:

Novo monitor de glicose

  • Os CGMs são sensores pequenos que rastreiam os níveis de glicose em tempo real ao perfurar a pele e enviar informações sem fio para smartphone;
  • Eles podem ajudar a alertar os usuários, suas famílias e seus médicos sobre emergências;
  • O Stelo é o primeiro biossensor de glicose que não requer receita médica, permitindo que seja adquirido online no meio do ano, de acordo com a CNBC;
  • Segundo a Dexcom, existem mais de 25 milhões de pacientes com diabetes tipo 2 nos Estados Unidos que não usam insulina;
  • Embora o sistema CGM G7 existente da Dexcom esteja disponível para essa população, é necessário ter prescrição, o que limita sua acessibilidade;
  • A aprovação da FDA para o Stelo, sem a necessidade de envolvimento de profissional de saúde, amplia o acesso aos CGMs, pois as pessoas agora podem comprá-los diretamente.

Stelo é voltado a pacientes com diabetes tipo 2 que não usam insulina (Imagem: Divulgação/Dexcom)

O Dr. Jeff Shuren, diretor do Centro de Dispositivos e Saúde Radiológica da FDA, afirmou que “os CGMs podem ser uma ferramenta poderosa para monitorar a glicose no sangue” e essa aprovação ajuda as pessoas a se beneficiarem dessa tecnologia.

Jake Leach, diretor de operações da Dexcom, disse à CNBC no mês passado que o Stelo terá plataforma e marca únicas. A plataforma será adaptada às necessidades dos pacientes tipo 2, significando que não incluirá muitos dos alertas e notificações destinados aos pacientes com diabetes em risco de sofrer emergências mais graves.

“Ele foi projetado para ser uma experiência mais simples”, disse Leach. “Há muitas pessoas que poderiam se beneficiar.”

Leach também contou que, como a Dexcom pode demonstrar os benefícios do Stelo, a empresa acredita que as seguradoras acabarão por pagar por ele. Segundo ele, a Dexcom optou em lançar o produto no mercado a preço à vista “acessível” primeiro para estar nas mãos dos usuários mais rapidamente.

“Acho que é importante que as pessoas tenham essa percepção – é como um espelho em seu corpo”, afirmou. “É muito pessoal.”

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.